Boletim agropecuário destaca avanço da bovinocultura e impactos das geadas em lavouras do Paraná

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Bovinocultura paranaense cresce em produção e valor em 2024

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), divulgou o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de junho a 2 de julho, destacando o avanço da bovinocultura no estado. A análise preliminar do Valor Bruto da Produção (VBP) mostra crescimento tanto na produção de carne quanto de leite.

Thiago de Marchi da Silva, médico veterinário do Deral, explica que o aumento do VBP está relacionado principalmente à elevação das cotações da arroba bovina e do leite. “A arroba permaneceu em patamar mais elevado em 2024 comparado a 2023, enquanto o leite também teve alta, contribuindo para o aumento de aproximadamente três centavos por litro posto na indústria”, destaca.

Produção de carne bovina cresce 13% e gera R$ 6,9 bilhões

A bovinocultura de corte teve um crescimento de 16% no VBP em 2024 em relação ao ano anterior, passando de R$ 5,9 bilhões para R$ 6,9 bilhões. A produção também evoluiu, com o abate aumentando de 1,6 milhão de cabeças em 2023 para 1,8 milhão em 2024, um crescimento de 13%.

Produção de leite cresce 3% e VBP avança 6%

Na produção de leite, o VBP subiu de R$ 11,3 bilhões em 2023 para R$ 12 bilhões em 2024, um aumento de 6%. A produção acompanhou essa evolução, passando de 4,45 bilhões de litros para 4,62 bilhões de litros no período, crescimento proporcional de 3%.

Paraná mantém posição de destaque na exportação de mel

No setor de mel, o Paraná encerrou 2024 na quarta colocação nacional, com 3.969 toneladas exportadas e receita de US$ 10,395 milhões, a um preço médio de US$ 2,62/kg. Em 2025, o estado avançou para o terceiro lugar, exportando 2.870 toneladas nos primeiros cinco meses, gerando receita de US$ 9,313 milhões — crescimento de 148,7% no volume e 229,3% na receita em comparação com o mesmo período de 2024.

Geadas afetam condições das lavouras de milho e trigo

As geadas registradas na última semana impactaram as lavouras de segunda safra de milho, reduzindo a área em boas condições de 71% para 68%, enquanto a área em condições ruins aumentou de 11% para 14%. Nesta semana, 76% das lavouras já estão na fase de maturação, protegidas contra novas geadas, enquanto 26% permanecem na fase de frutificação, mais vulneráveis.

O trigo também sofreu efeitos das geadas, com queda da área em boas condições de 99% para 84%, aumento de áreas médias para 9% e de áreas ruins para 7%. Os prejuízos ainda serão avaliados conforme a lavoura avance para a fase de frutificação. Para os próximos dias, não há previsão de geadas que possam afetar o trigo.

Oscilações nos preços das olerícolas nas Ceasas de Curitiba

Os preços de várias olerícolas comercializadas nas Ceasas de Curitiba sofreram variações após as geadas. Entre os 17 produtos monitorados, sete apresentaram alta, oito mantiveram preços estáveis e dois registraram queda.

A oferta de alface, chuchu e couve-flor diminuiu, elevando seus preços. Já batata salsa e cebola tiveram queda de preços devido ao abastecimento regular no mercado.

O boletim reforça a importância de monitorar as condições climáticas e seus efeitos para orientar produtores e comerciantes, garantindo estratégias mais eficazes diante dos desafios do campo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio