Um relatório da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, a ANA, revelou que 241 barragens no país estão com problemas de segurança.
De acordo com o documento, essas estruturas não cumprem os critérios exigidos pela Política Nacional de Segurança de Barragens e oferecem risco à população e a serviços essenciais.
Entre as barragens listadas, a maioria pertence a empresas privadas.
Os principais usos são o controle de água, rejeitos de mineração e irrigação.
No total, o Brasil tem cerca de 28 mil barragens cadastradas, mas mais da metade ainda não foi classificada quanto ao risco, o que dificulta a fiscalização.
Em 2024, foram registrados 24 acidentes e 45 incidentes com barragens — muitos causados por chuvas intensas.
Duas pessoas morrem e houve danos diversos, incluindo destruição de vias públicas, rompimento de pontes, danos a residências, desaparecimento de animais, interdição de estradas e vias e danos ambientais.
O relatório também destacou a falta de profissionais e de orçamento específico para fiscalizar essas estruturas.
Dos 33 órgãos responsáveis, a maioria trabalha com equipes reduzidas. Além disso, dos R$ 272 milhões previstos para ações de segurança, só cerca da metade foi realmente investida no ano passado.