Casos de arboviroses apresentam redução expressiva nos meses de junho e julho

Sorriso tem registrado uma queda significativa nos casos de dengue e chikungunya nos meses de junho e julho, conforme aponta o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (09) pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Em junho, foram confirmados apenas 15 casos de chikungunya e nenhum de dengue. Já em julho, até o momento, não houve confirmação de novos casos de nenhuma das duas doenças.

Apesar da redução recente, o Município viveu um cenário de alerta nos primeiros meses de 2025. Entre janeiro e julho, foram confirmados 3.136 casos de chikungunya e 258 de dengue. Os números elevados reforçam a necessidade de manter o trabalho de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses.

No acumulado do ano, a dengue teve 4.388 notificações, das quais 4.110 foram descartadas após investigação laboratorial. Entre os casos confirmados, dois apresentaram sinais de alarme, mas nenhum evoluiu para a forma grave da doença. Já a chikungunya soma 3.844 notificações, com 666 casos descartados e nenhum inconclusivo.

O secretário municipal de Saúde, Vanio Jordani, avalia que os bons resultados nos últimos meses são fruto do trabalho conjunto entre as equipes de saúde e a comunidade.
“Apesar da redução nos casos, o trabalho continua. Estamos em um período de menor incidência, mas isso não significa que o risco acabou. O combate ao mosquito deve ser diário e permanente, porque basta um descuido para o número de casos disparar novamente”, alertou.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Claudete Damasceno, reforça que o Aedes aegypti continua sendo uma ameaça silenciosa, e que grande parte dos focos está dentro das casas.
“A maioria dos focos do mosquito está dentro das residências. Eliminar recipientes que acumulam água parada é uma ação simples e essencial. Pedimos que a população continue limpando calhas, virando recipientes, descartando lixo corretamente e permitindo a entrada dos agentes de endemias”, orientou.

As ações da Prefeitura seguem ativas em todos os bairros, com visitas domiciliares, mutirões de limpeza, aplicação de inseticidas e orientações educativas, sobretudo nas regiões com maior número de notificações. A Secretaria também monitora de forma contínua os casos de zika, embora sem registros confirmados recentes.

“A população deve ficar atenta a sintomas como febre súbita, dor intensa nas articulações, manchas vermelhas no corpo e mal-estar. Em caso de suspeita, a orientação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para avaliação e testagem”, frisa Claudete.

A Secretaria esclarece que o número 124 apontado como “Total” em um dos relatórios corresponde à soma geral de casos por bairro, e não a um setor específico. As ações seguem acontecendo em todo o Município com visitas domiciliares, bloqueios de transmissão, mutirões de limpeza e orientações educativas, especialmente nos bairros com maior número de notificações.

Em caso de denúncias, a população pode entrar em contato pelo aplicativo da Vigilância Sanitária, via Unidade Sentinela, pelo contato (66) 99600-1462 ou 3545 4769, diretamente com o NIF.

Procura nas unidades de saúde

Caso suspeite ter contraído ou apresente sintomas de qualquer uma das arboviroses, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). É lá que a população recebe o atendimento clínico e a orientação correta sobre como agir.

Cuidando de casa

A orientação é que toda a semana a população tire dez minutos semanais para dar aquela conferida no espaço onde vive ou trabalha. A recomendação é evitar acúmulo de lixo, que além do Aedes aegypti também pode esconder animais peçonhentos como cobras, ratos, aranhas, escorpiões, dentre outros.

Denúncias

Vale reforçar que quem identificar situações com criadouros ou com suspeita, água servida descartada na rua, descarte de lixo em locais inapropriados, a recomendação é procurar a equipe técnica. Denúncias também podem ser realizadas pelo aplicativo da Vigilância Sanitária via Unidade Sentinela que atende pelo número (66) 99600-1462.