Clima seco favorece pastagens de inverno no RS, mas geadas e umidade ainda impõem desafios

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De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (10) pela Emater/RS-Ascar, as condições climáticas no Rio Grande do Sul continuam influenciando diretamente o desenvolvimento das pastagens. O predomínio de dias ensolarados e clima seco tem favorecido o crescimento das forrageiras anuais de inverno e a realização das adubações nitrogenadas.

Em algumas áreas, o pastejo já foi liberado, graças à umidade residual no solo. No entanto, a suplementação alimentar ainda é necessária devido à redução da produção e da qualidade dos campos nativos.

Situação nas regiões do Estado

Bagé:

Na região, a qualidade das pastagens é considerada satisfatória. No entanto, o excesso de umidade nas semanas anteriores, aliado às geadas, comprometeu o desenvolvimento de espécies como aveia e azevém. O campo nativo também foi impactado, com queda significativa na oferta e qualidade da forragem.

Hulha Negra e São Gabriel:

Produtores em Hulha Negra iniciaram o uso das pastagens de azevém. Já em São Gabriel, as pastagens perenes de verão foram severamente atingidas pelas geadas, comprometendo a oferta de alimento.

Itaqui:

As forrageiras que haviam ficado submersas anteriormente tiveram o rebrote prejudicado pelo acúmulo de lama sobre as folhas, o que dificultou a recuperação das pastagens.

Caxias do Sul:

O pastejo ocorre apenas em áreas com aveia, já que o azevém ainda não atingiu o estágio ideal de crescimento. Trigo para pastoreio e campo nativo melhorado apresentam baixo desenvolvimento, forçando produtores a refazer ou adiar a semeadura.

Impactos do frio nas regiões do norte e noroeste

Erechim:

As geadas e o frio reduziram a massa verde nas pastagens nativas e de verão. Em contrapartida, as espécies de inverno foram beneficiadas pelas boas condições de solo e luminosidade.

Frederico Westphalen:

A implantação dos cereais de inverno avançou, mas a umidade excessiva dificultou a aplicação de fertilizantes. As pastagens perenes já estão no final do ciclo, com menor valor nutricional.

Ijuí:

Apesar das queimaduras nas folhas causadas pelo frio, não houve impactos significativos. O trigo para pastoreio apresentou bom rebrote e perfilhamento.

Passo Fundo:

A redução da umidade favoreceu a retomada dos pastoreios. As lavouras de trigo, cevada e triticale estão em fase inicial de desenvolvimento.

Regiões mais afetadas pelas baixas temperaturas

Pelotas e Porto Alegre:

O frio intenso paralisou o crescimento das forrageiras, impactando diretamente a disponibilidade de pasto.

Santa Maria e Soledade:

O tempo ensolarado favoreceu o crescimento das pastagens de inverno, mas o ritmo ainda é lento devido às geadas. Os campos nativos sofreram danos mais severos.

Santa Rosa:

A recuperação das pastagens é visível. No entanto, o atraso no plantio e na germinação limita a oferta de forragem, o que ainda exige atenção dos produtores.

Perspectiva geral

Mesmo com os desafios impostos pelas geadas e pela umidade em excesso registrada anteriormente, o clima seco atual tem contribuído para o fortalecimento das pastagens de inverno em diversas regiões do estado. O trigo para pasto, em especial, apresenta bom desempenho em áreas com manejo adequado e clima mais favorável. A expectativa é que, com a manutenção do tempo seco e o controle das temperaturas extremas, a recuperação das pastagens continue nas próximas semanas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio