Colheita avança, mas rendimento decepciona produtores
A colheita de café na região da Alta Mogiana, uma das mais tradicionais do Brasil, alcançou 50% de avanço neste mês de julho. No entanto, o rendimento relatado pelos produtores está abaixo do esperado, principalmente se comparado a anos anteriores.
Um dos principais desafios tem sido a necessidade de um volume maior de frutos para se obter uma saca limpa, o que impacta diretamente os custos de produção e a rentabilidade da atividade cafeeira.
Estresse hídrico afetou a granação dos frutos
De acordo com o produtor rural e influenciador digital Rafael Stefani, o baixo desempenho está ligado ao estresse hídrico enfrentado entre fevereiro e março, quando a região passou por cerca de 30 dias sem chuvas.
“Essa estiagem comprometeu a granação dos frutos e, consequentemente, está impactando o rendimento da colheita atual”, explica Stefani.
Chuvas recentes alimentam otimismo para a safra de 2026
Apesar das dificuldades, o produtor destaca que as chuvas ocorridas entre maio e junho, embora tenham atrasado parte dos trabalhos no campo, foram importantes para a recuperação das lavouras.
“As lavouras estão bem vestidas, com bom desenvolvimento, o que nos dá uma expectativa positiva para a safra de 2026. Ela tende a ser melhor que a de 2024, quando enfrentamos quase seis meses de seca severa”, afirma.
Região da Alta Mogiana é referência em qualidade
A Alta Mogiana abrange municípios como Franca (SP), Pedregulho, Ibiraci (MG) e Cristais Paulista, sendo reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade de seus cafés.
Para os próximos meses, os produtores esperam clima firme para concluir a colheita e torcem por preços atrativos, capazes de compensar os prejuízos com a baixa produtividade.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio