Cotações do milho recuam em Chicago e apresentam oscilações na B3 nesta quinta-feira (17)

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Mercado brasileiro: preços futuros do milho operam entre alta e baixa

Na manhã desta quinta-feira (17), os contratos futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) apresentam movimentação mista. Por volta das 10h14 (horário de Brasília), os valores oscilavam entre R$ 64,35 e R$ 74,28 por saca.

  • Setembro/25: R$ 64,35 (+0,34%)
  • Novembro/25: R$ 67,56 (-0,06%)
  • Janeiro/26: R$ 71,80 (+0,18%)
  • Março/26: R$ 74,28 (+0,24%)
Mercado internacional: Chicago registra leves recuos nos preços

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros do milho abriram com pequenas quedas, refletindo uma leve pressão negativa.

  • Setembro/25: US$ 4,04 (-0,75 ponto)
  • Dezembro/25: US$ 4,23 (-1 ponto)
  • Março/26: US$ 4,40 (-0,5 ponto)
  • Maio/26: US$ 4,50 (-0,75 ponto)

Segundo a Farm Futures, o mercado acompanha o apelo do ex-presidente Donald Trump para que a Coca-Cola substitua o xarope de milho rico em frutose pelo uso de açúcar “de verdade” em sua produção nos EUA. Esse insumo responde por cerca de 90% do uso global de adoçantes. A analista Linda Smith destaca que um galão de Coca-Cola contém aproximadamente 0,3 bushels de milho e a empresa comercializa cerca de 3 bilhões de galões por ano nos EUA. Conforme o USDA, 3,8% da safra americana de milho destina-se à fabricação do xarope.

Na B3, contratos futuros fecham em alta após recuperação e projeção de exportações

Os contratos futuros do milho encerraram a quarta-feira (16) em alta, influenciados pela recuperação da Bolsa de Chicago e pela valorização do dólar. A TF Agroeconômica destaca que a estimativa da ANEC para exportações brasileiras de milho em julho foi revisada de 4,34 milhões para 4,60 milhões de toneladas, reforçando o otimismo no mercado. Em junho, as exportações somaram 568 mil toneladas.

  • Setembro/25: R$ 64,03 (+R$ 0,58 no dia)
  • Novembro/25: R$ 67,57 (+R$ 0,60)
  • Janeiro/26: R$ 71,55 (+R$ 0,25)
Mercado físico regional segue travado com baixa liquidez e estoques retidos

Apesar do movimento positivo nos contratos futuros, o mercado físico do milho nas regiões produtoras apresenta baixa liquidez e dificuldades para fechar negócios.

  • Rio Grande do Sul: Com cerca de 90% da safra 24/25 já comercializada, compradores enfrentam resistência de vendedores que preferem manter o grão armazenado. Os preços para entrega em agosto oscilam entre R$ 66 e R$ 70 por saca.
  • Santa Catarina: O impasse entre preços pedidos e ofertas bloqueia negociações. Com médias próximas de R$ 71 por saca, produtores retêm estoques, mesmo diante de produtividade surpreendente, quase 10 mil kg por hectare.
  • Paraná: Com 40% da colheita avançada, há alertas sobre perdas de qualidade por geadas. As cotações pedidas ficam em torno de R$ 76 por saca, porém os compradores mostram resistência.
  • Mato Grosso do Sul: O mercado segue lento, com preços estáveis próximos de R$ 45 por saca. A colheita, que está em 10,2%, enfrenta problemas de umidade e logística. No entanto, 79,2% das lavouras estão em boas condições, com produtividade estimada em 80,8 sacas por hectare. A comercialização permanece travada em todo o estado.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio