Cultivo de trigo entre oliveiras melhora fertilidade do solo e reduz uso de herbicidas

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A prática de cultivar trigo ou leguminosas entre fileiras de oliveiras vem se consolidando como uma estratégia sustentável nas regiões olivícolas. Conhecida como agricultura intercalada ou agrosilvicultura, a técnica tem demonstrado benefícios agronômicos, ecológicos e econômicos relevantes, segundo o técnico espanhol Francisco Escribano Hinojosa.

Solo mais fértil e saudável

Um dos principais ganhos está na melhoria da fertilidade do solo. Leguminosas como favas, lentilhas e veza têm a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico, enriquecendo naturalmente o solo e reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos. O cultivo de trigo também contribui para a estruturação do solo, aumento da matéria orgânica e maior controle da erosão, especialmente em terrenos inclinados.

Controle eficiente de plantas daninhas

Outro destaque da técnica é o controle natural de ervas daninhas. O cultivo intercalado funciona como cobertura vegetal viva, competindo com plantas invasoras por luz, nutrientes e espaço. Isso reduz significativamente o uso de herbicidas, tornando o manejo mais sustentável e menos agressivo ao meio ambiente.

Mais biodiversidade no sistema agrícola

A diversificação de culturas entre oliveiras também promove o aumento da biodiversidade. A presença de trigo e leguminosas atrai polinizadores e predadores naturais de pragas, contribuindo para o equilíbrio ecológico da plantação e reduzindo a necessidade de defensivos químicos.

Renda extra e resiliência econômica

Além dos benefícios ambientais, o sistema intercalado permite a colheita de trigo ou leguminosas sem prejudicar a produção de azeitonas, gerando uma fonte adicional de renda. Essa prática ajuda a compensar perdas em safras menos produtivas de azeitonas, aumentando a resiliência econômica do olival.

Sustentabilidade a longo prazo

“A integração de culturas como trigo ou leguminosas entre oliveiras é uma escolha inteligente para quem busca uma agricultura mais sustentável, rentável e resiliente. Contribui para a saúde do solo, do ecossistema e para a viabilidade econômica do olival no longo prazo”, conclui Francisco Escribano Hinojosa.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio