Sinais discretos nas folhas escondem riscos graves
A engenheira agrônoma Djaia Mussengue chama a atenção para os perigos silenciosos das doenças fúngicas nas lavouras de milho. Segundo a especialista, sintomas sutis nas folhas muitas vezes passam despercebidos, mas podem sinalizar infecções severas que reduzem drasticamente a produtividade.
Ferrugem comum e mancha foliar de Turcicum entre os principais vilões
Em observações recentes feitas em campo, Djaia identificou dois fungos que são recorrentes nas lavouras:
- Ferrugem comum (Puccinia sorghi): aparece como pequenas pústulas alaranjadas que liberam esporos facilmente, espalhando-se rapidamente.
- Mancha foliar de Turcicum (Exserohilum turcicum): provoca lesões ovais e escuras que se alongam nas folhas, deixando-as com aspecto queimado.
- Ambas as doenças comprometem a fotossíntese da planta, reduzindo seu vigor e capacidade produtiva.
Impactos diretos na colheita e nos custos
Além dos danos visíveis, essas infecções interferem no enchimento dos grãos, o que pode levar à perda de até metade da produção. Os custos de produção também aumentam, já que o controle exige uso adequado de fungicidas e manejo eficiente.
Estratégias recomendadas para controle
Para prevenir e mitigar os efeitos dessas doenças, a agrônoma recomenda:
- Monitoramento frequente das lavouras;
- Escolha de cultivares com resistência genética;
- Rotação de culturas;
- Uso racional e estratégico de fungicidas.
Diálogo no campo é essencial
Djaia encerra seu alerta propondo um debate entre os profissionais da área:
“Agrônomos, produtores e amantes da agricultura, vocês já viram algo parecido nas lavouras? Que estratégias de controle adotaram?”
Para a especialista, a combinação entre conhecimento técnico e experiência prática no campo é essencial para reduzir perdas e garantir colheitas mais produtivas e saudáveis.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio