Cotações mistas marcam o mercado brasileiro de milho
O mercado de milho no Brasil apresentou comportamento misto ao longo da última semana. Apesar do bom ritmo nas exportações, que sustentou a alta dos preços em algumas praças, o avanço da colheita da segunda safra — a chamada safrinha — contribuiu para quedas nas cotações em outras regiões.
Segundo a Safras Consultoria, os consumidores seguem cautelosos nas negociações, com expectativa de maior oferta nas próximas semanas. Por outro lado, os produtores têm aumentado a fixação de oferta, ainda que com certa precaução, diante do bom volume de embarques nos portos, o que favoreceu a melhora da paridade de exportação.
Fatores que influenciam o mercado
Entre os elementos que seguem no radar dos agentes do setor estão:
- Variação do dólar;
- Movimento dos preços futuros do milho na Bolsa de Chicago;
- Paridade de exportação;
- Discussões sobre possíveis tarifas.
A previsão de clima favorável para a colheita nas principais regiões produtoras do Centro-Sul também pode exercer pressão adicional sobre os preços nas próximas semanas.
Recuperação nos preços internacionais
No mercado externo, a semana foi marcada por recuperação nas cotações do milho. Esse movimento foi impulsionado por projeções de queda na produção e nas exportações da safra norte-americana e global, além da presença de compras de oportunidade (barganha).
Cotações internas em diferentes regiões
Confira a variação dos preços do milho no mercado interno, de acordo com dados de 17 de julho:
- Preço médio nacional: R$ 60,83 por saca – alta de 0,72% frente à semana anterior (R$ 60,39);
- Cascavel (PR): R$ 58,00 – queda de 3,33%;
- Campinas/CIF (SP): R$ 66,00 – estável;
- Mogiana (SP): R$ 60,00 – queda de 3,23%;
- Rondonópolis (MT): R$ 54,00 – alta de 3,85%;
- Erechim (RS): R$ 68,00 – queda de 1,45%;
- Uberlândia (MG): R$ 59,00 – preço estável;
- Rio Verde (GO): R$ 54,00 – alta de 5,88%.
Exportações em queda no comparativo anual
No acumulado de julho (até o dia 17), o Brasil exportou 338,4 mil toneladas de milho, com receita total de US$ 73,8 milhões — uma média diária de US$ 8,2 milhões. O volume médio diário exportado foi de 37,6 mil toneladas, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 218,80.
Em comparação com o mesmo período de julho de 2024, houve:
- Queda de 73,1% no valor médio diário exportado;
- Redução de 75,7% no volume diário;
- Alta de 10,6% no preço médio por tonelada.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio