As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, atingiram 24.915 toneladas no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esse volume representa um aumento de 192,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 8.518 toneladas.
A receita obtida com esses embarques superou US$ 57,7 milhões entre janeiro e junho, crescimento de 216,3% comparado aos US$ 18,6 milhões registrados no primeiro semestre de 2024.
Desempenho recorde em junho
Somente no mês de junho, as exportações totalizaram 6.558 toneladas, um salto de 308,3% sobre o volume exportado em junho do ano passado. A receita do mês alcançou US$ 15,6 milhões, com aumento de 288,8% na comparação anual.
Principais destinos das exportações
Os Estados Unidos lideraram as compras brasileiras no semestre, com 15.202 toneladas exportadas — alta expressiva de 1.247% — gerando receita de US$ 33,1 milhões, um crescimento de 1.586,2%.
Em seguida, aparecem o México, com 1.586 toneladas e US$ 6,9 milhões em receita, e o Japão, que importou 1.570 toneladas (+152,1%), gerando US$ 3,7 milhões (+143,2%).
Outros mercados em destaque
- Angola importou 686 toneladas, totalizando US$ 1,1 milhão.
- Serra Leoa apresentou forte crescimento, com 473 toneladas (+359,6%) e receita de US$ 766 mil (+373,5%).
- Uruguai registrou queda, com 369 toneladas (-14,3%) e receita de US$ 1,24 milhão (-18,5%).
O Chile teve retração de 16,6% no volume, com 2.426 toneladas, e queda de 2% na receita, totalizando US$ 6,85 milhões.
Perspectivas para o setor
Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou o desempenho histórico do setor:
“Os embarques de ovos atingiram patamares inéditos neste primeiro semestre, com a presença brasileira fortalecida em mercados estratégicos como Estados Unidos, México e Japão. Esse cenário reforça a confiança do mercado internacional na qualidade, biossegurança e competitividade do produto brasileiro. Mantidas as atuais condições, esperamos que o segundo semestre consolide um novo ciclo de crescimento nas exportações, sem afetar significativamente a oferta interna.”
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio