Colheita avança e escancara gargalos na armazenagem
O ritmo acelerado da colheita de milho em Mato Grosso tem acendido o alerta entre os produtores. A estimativa é que até a próxima sexta-feira, cerca de 20% da safra estadual já esteja colhida, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Capacidade de armazenagem não acompanha o crescimento da produção
Apesar de um leve aumento de 0,96% na capacidade estática de armazenamento, que passou para 52,32 milhões de toneladas na safra 2024/25, o volume está longe de atender à crescente produção de grãos no estado.
A Conab projeta que a soma das safras de soja e milho alcance 101,27 milhões de toneladas, o que representa um crescimento expressivo de 17,93% em relação ao ciclo 2023/24.
Déficit estrutural chega a quase 49 milhões de toneladas
Esse descompasso entre produção e infraestrutura gera um déficit de 48,95 milhões de toneladas em capacidade de estocagem, um aumento de 43,74% em comparação com o déficit registrado na safra anterior. O cenário evidencia uma limitação crítica na capacidade logística do estado.
Vendas lentas de soja agravam a disputa por espaço nos armazéns
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), outro fator que pressiona o sistema de armazenagem é o atraso nas vendas da soja da safra 2024/25, o que reduz a disponibilidade de espaço nos armazéns para o milho e agrava os gargalos logísticos.
Investimentos em “silos bags” não são suficientes para resolver o problema
Mesmo com os investimentos em silos bags nos últimos anos como alternativa emergencial, o IMEA avalia que a evolução estrutural da armazenagem no estado ainda não acompanha o ritmo da produção agrícola. A situação exige atenção especial para evitar perdas no pós-colheita e reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura de longo prazo.
Alerta para perdas e necessidade de soluções logísticas
Com uma produção recorde e capacidade limitada de estocagem, Mato Grosso se vê diante de um desafio logístico crescente. A urgência por soluções estruturais é evidente, especialmente para evitar perdas, garantir a qualidade da produção e melhorar o escoamento da safra nos próximos ciclos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio