Ameaça às florestas plantadas no Brasil
As formigas cortadeiras, especialmente dos gêneros Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns), são consideradas uma das maiores pragas fitossanitárias que afetam o setor florestal brasileiro. Essas espécies atacam plantações de eucalipto e pinus, pilares da silvicultura nacional, comprometendo o crescimento das mudas e causando falhas significativas nas áreas cultivadas.
Impactos econômicos diretos e indiretos
O comportamento dessas formigas — que cortam folhas, flores e brotos para alimentar fungos simbióticos essenciais à colônia — resulta em prejuízos que somam milhões de reais anualmente. Estima-se que, sem controle adequado, até 30% de um novo plantio pode ser dizimado, provocando custos elevados com replantio, aumento no uso de defensivos, necessidade de mão de obra intensiva e atrasos no cronograma de colheita.
Além disso, a grande capacidade adaptativa das formigas e a profundidade de seus ninhos — que podem se estender por dezenas de metros e abrigar até oito milhões de indivíduos — tornam o manejo dessas pragas especialmente complexo.
Capacitação para o enfrentamento no campo
Para fortalecer a luta contra essa ameaça, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) promove no dia 4 de julho o Curso de Formigas Cortadeiras, com vagas limitadas a 22 participantes.
O evento, que será realizado na Fazenda Cambiju, em Ponta Grossa (PR), das 8h30 às 16h, será conduzido pelo Dr. Wilson Reis Filho, especialista no tema, e abordará:
- Biologia e comportamento das formigas cortadeiras
- Técnicas de identificação e caracterização de ninhos
- Monitoramento e controle integrado
- Métodos de aplicação e segurança no combate às colônias
Objetivo do curso e público-alvo
Com foco na capacitação técnica, o curso visa reduzir os prejuízos causados por essas pragas e promover um manejo sustentável nas florestas plantadas. A iniciativa é direcionada a engenheiros florestais, técnicos e demais profissionais do setor interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre estratégias eficazes de monitoramento e controle.
Inscrições e informações
A taxa de inscrição é de R$ 150 para empresas associadas à APRE e R$ 250 para não associadas. Os interessados podem se inscrever pelo formulário:
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio