Frio intenso eleva preços de hortaliças no Paraná e altera dinâmica de mercado

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Geadas influenciam preços de hortaliças no Paraná

O Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), apontou variações significativas nos preços das hortaliças comercializadas na Ceasa de Curitiba. Os dados comparam os valores praticados no dia 30 de junho com os registrados em 23 de junho.

Segundo o Deral, as geadas ocorridas nas manhãs dos dias 24 e 25, aliadas às chuvas antes e depois do fenômeno, impactaram diretamente a produção agrícola e, consequentemente, a oferta de diversos produtos.

Chuchu, couve-flor e alface lideram altas

O chuchu extra AA foi o item com maior valorização, saltando de R$ 25,00 para R$ 60,00 por caixa de 20 quilos, o que representa um aumento de 140%. A produção veio, principalmente, de Colombo, Morretes e Cerro Azul, com reforço de remessas vindas do Espírito Santo.

A couve-flor gigante também apresentou alta expressiva, com o preço da dúzia subindo de R$ 45,00 para R$ 70,00 — um avanço de 55,6%. Os principais fornecedores foram São José dos Pinhais, Colombo e Araucária.

Já a alface crespa grande teve elevação de 40%, passando de R$ 25,00 para R$ 35,00 por caixa com 18 unidades. A produção é proveniente de Curitiba e cidades vizinhas, como Colombo e Araucária.

Cebola e batata salsa registram queda

Enquanto algumas hortaliças subiram, outras apresentaram retração nos preços. A cebola pera nacional caiu 10%, com a saca de 20 quilos passando de R$ 50,00 para R$ 45,00. Já a batata salsa de primeira teve redução de 6,3%, saindo de R$ 80,00 para R$ 75,00 por caixa de 20 quilos. Os dois produtos foram abastecidos por lavouras da Região Metropolitana de Curitiba, além de áreas de Minas Gerais e São Paulo.

Expectativas para os próximos dias

Segundo o Deral, entre os 17 produtos analisados no levantamento, sete registraram alta, dois tiveram queda e oito mantiveram estabilidade. Com a previsão de uma nova frente fria nesta semana, a expectativa é de que os impactos na produção e nos preços continuem sendo sentidos. “A amplitude dos danos e os reflexos no mercado ainda serão mais bem compreendidos nas próximas semanas”, conclui o boletim.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio