As Forças Armadas do Iêmen anunciaram nesta terça-feira (1º) um ataque contra o Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, utilizando um míssil balístico hipersônico Palestine-2, além de operações com drones contra três alvos considerados sensíveis em territórios sob ocupação israelense. As informações foram divulgadas pela rede Hispantv e por fontes oficiais iemenitas.
De acordo com o porta-voz militar iemenita, Brigadeiro-General Yahya Sari, o ataque ao aeroporto de Tel Aviv atingiu o objetivo com sucesso e teria provocado a paralisação das operações no local, além de um movimento em massa de civis israelenses em busca de refúgio.
“Informamos que nossa unidade de mísseis disparou um míssil balístico hipersônico Palestine-2 contra o Aeroporto Ben Gurion, na região ocupada de Yafa, em Tel Aviv. A operação atingiu seu objetivo com sucesso, causando o encerramento das atividades no aeroporto e um êxodo de sionistas para áreas seguras”, declarou o porta-voz.
Além do ataque ao principal terminal aéreo israelense, a unidade de drones das forças iemenitas realizou ações contra alvos em Jaffa, Ashkelon e Eilat — esta última também conhecida pelo nome palestino Umm al-Rashrash. Segundo Sari, os três drones utilizados conseguiram atingir pontos estratégicos relacionados ao regime israelense.
As operações fazem parte do que o Iêmen considera uma resposta direta aos ataques de Israel na Faixa de Gaza. “As operações do Iêmen continuam em condenação aos crimes genocidas de Israel em Gaza. O povo iemenita não abandonará seu dever para com o povo palestino oprimido”, afirmou Yahya Sari.
O líder do movimento Ansarullah, Seyed Abdulmalik Badreddin al-Houthi, já havia declarado na semana passada que as forças iemenitas intensificaram os ataques contra Israel desde meados de março, como parte da segunda fase de sua ofensiva. Segundo ele, até o momento, foram lançados 309 mísseis — incluindo balísticos e hipersônicos — e drones contra alvos israelenses.
Ainda na terça-feira, veículos de imprensa israelenses relataram a ativação de sirenes de alerta em Jerusalém e em várias localidades da Palestina central ocupada, indicando a elevação do nível de alerta diante dos novos ataques.
O governo do Iêmen, sob o comando do movimento Ansarullah, tem repetido que suas operações não serão interrompidas enquanto Israel não cessar suas ofensivas terrestres e aéreas em Gaza. Desde o do atual genocídio, em 7 de outubro de 2023, pelo menos 56.647 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza, segundo dados das autoridades palestinas citados pela imprensa internacional.
Os ataques do Iêmen, que se somam a uma série de ações coordenadas por grupos da resistência regional, têm gerado preocupação crescente entre as autoridades israelenses, que enfrentam um cenário de prolongada instabilidade militar e diplomática, agravada pelos bombardeios contínuos a Gaza e pelas críticas internacionais.
Fonte: Brasil 247