Projeto apoiado pela Emater-MG garante certificação oficial
O produtor João Paulo de Assis Caixeta, de Ibiá (MG), transformou a herança familiar em uma queijaria certificada, com apoio técnico da Emater-MG desde o início. Sua queijaria, Realeza do Jersey, conquistou o registro oficial do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o que abre portas para novos mercados do Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido na propriedade.
Ibiá: região reconhecida na produção de Queijo Minas Artesanal
Localizado na região de Araxá, Ibiá é uma das áreas oficialmente reconhecidas pela produção do QMA. João Paulo destaca a importância da assistência técnica: “A Emater-MG nos ajudou desde a elaboração até a construção da queijaria, com orientações sobre bovinocultura, boas práticas e apoio na rotulagem. Sou muito grato à equipe, que foi fundamental para essa conquista.”
Processo de certificação e segurança para o consumidor
Rayanne Soalheiro de Souza, coordenadora técnica Estadual em Queijos Artesanais da Emater-MG, explica que a regularização ocorre em etapas, cumprindo normas e respeitando as particularidades de cada propriedade. Lilian Cristina Andrade de Araújo, da Rede de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater-MG, ressalta que a certificação com o Selo Arte permite a comercialização nacional do produto, garantindo qualidade e procedência reconhecidas para o consumidor.
Trabalho contínuo rumo à certificação
João Paulo, de 27 anos, produzia queijos artesanais para familiares e amigos há mais de cinco anos. O processo de habilitação sanitária começou em 2024, e com os registros oficiais, a expectativa é expandir a produção, conquistar novos mercados, participar de concursos e aprimorar ainda mais o produto.
Sucessão familiar e mudança de vida
Inspirado pela bisavó, que já produzia queijos artesanais, e incentivado pela família, João Paulo deixou um emprego em multinacional em Uberlândia para investir na queijaria, que começou em um espaço de apenas quatro metros quadrados. “Nunca imaginei me tornar produtor rural, mas a paixão pelo empreendedorismo e a vontade de dar continuidade ao legado familiar me fizeram mudar de ideia”, conta.
Produção atual e planos para expansão
Junto com a esposa, Ádila Caixeta, João Paulo produz semanalmente 40 queijos Minas Artesanal, com 14 dias de maturação. O plano é começar testes com 30 e 60 dias de cura em breve. Atualmente, cerca de 200 quilos são vendidos mensalmente em Ibiá, Nova Ponte e Uberaba.
Diferencial da Realeza do Jersey: qualidade e legado
O sabor dos queijos, produzido com leite de vacas da raça Jersey, tem reconhecimento especial — pessoas que experimentaram os queijos da bisavó de João Paulo notam a semelhança. A mãe do produtor, Aline Maria de Freitas Caixeta, destaca o valor do legado: “Honramos o esforço dos antepassados e fortalecemos o sentimento de orgulho e conexão familiar.”
Sustentabilidade e bem-estar animal em foco
Na Realeza do Jersey, o cuidado com o meio ambiente e os animais é prioridade. O rebanho é mantido em local tranquilo e sombreado, além da prática de coleta seletiva de lixo e construção de esterqueira líquida, contribuindo para a sustentabilidade da propriedade.
Participação em projeto para fortalecimento do setor
João Paulo integra o Projeto Queijo Minas Legal (PQML), promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e executado pela Emater-MG com recursos do Ministério Público de Minas Gerais. O programa visa melhorar a qualidade dos queijos e ampliar o número de queijarias regularizadas no estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio