Nas últimas safras, os produtores rurais têm enfrentado um aumento significativo nas infestações de lagartas, especialmente das espécies Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho-do-milho) e Helicoverpa zea (lagarta-da-espiga-do-milho). Essas pragas atacam diretamente as estruturas reprodutivas de culturas como soja, milho, feijão e algodão, causando perdas expressivas e, muitas vezes, irreversíveis na produtividade.
Impactos das principais lagartas nas lavouras
O engenheiro agrônomo e coordenador comercial da Sell Agro, Jorge Silveira, detalha os efeitos dessas pragas:
A Helicoverpa zea perfura espigas, vagens e botões florais, além de facilitar a entrada de patógenos secundários, gerando perdas que podem variar entre 10% e 50%, conforme a intensidade da infestação e o controle adotado.
Já a Spodoptera frugiperda tem alimentação intensa em folhas, vagens e cartuchos das plantas, podendo causar redução da área fotossintética, atraso no desenvolvimento e até morte das plantas. Em situações severas, as perdas podem ultrapassar 60% das lavouras não tratadas ou mal manejadas, com impactos ainda maiores em regiões tropicais, onde a praga ocorre durante todo o ano.
Fatores que agravaram as infestações
O especialista aponta alguns motivos para o agravamento dessas infestações:
- Resistência crescente das lagartas a inseticidas químicos e biotecnológicos, como os baseados em Bt;
- Condições climáticas favoráveis à reprodução das pragas;
- Falhas no manejo integrado de pragas (MIP);
- Cultivo contínuo de monoculturas, que favorece o ciclo de vida das lagartas.
Soluções complementares no manejo de pragas
Diante da perda de eficácia dos inseticidas tradicionais e biotecnologias, os produtores são incentivados a adotar estratégias complementares no manejo das lagartas. Uma alternativa destacada é o uso de desalojantes, como o produto UPSIDE, desenvolvido pela Sell Agro.
Esse produto, livre de enxofre, atua irritando as lagartas, tanto na pele quanto no olfato, forçando-as a saírem de seus esconderijos e ficarem mais expostas aos inseticidas aplicados. Segundo Jorge Silveira, o efeito do princípio ativo do UPSIDE dura até 72 horas, aumentando em até 40% a eficiência das aplicações.
Importância do monitoramento contínuo
O uso de desalojantes é mais eficaz nas fases iniciais da infestação, antes que os danos se tornem visíveis. Por isso, o especialista reforça a necessidade de um monitoramento constante das áreas para garantir o sucesso do manejo e minimizar prejuízos.
Com essas estratégias aliadas a um controle integrado eficiente, os produtores podem enfrentar as lagartas resistentes, protegendo suas lavouras e reduzindo as perdas econômicas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio