O governo federal registrou queda nos lucros com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Demonstrações financeiras aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS revelaram lucro líquido de 13 bilhões, 610 milhões de reais no ano passado.
São quase 10 bilhões de reais a menos em relação ao recorde de 23 bilhões e 400 milhões registrados em 2023.
O FGTS é um fundo formado com dinheiro do trabalhador com registro em carteira. Por lei, toda empresa deve depositar 8% do salário do trabalhador em conta do Fundo, gerida pela Caixa.
O trabalhador só tem acesso a esse dinheiro quando é demitido sem justa causa ou em casos específicos, como aposentadoria, diagnóstico de doenças específicas e compra de casa própria.
Além disso, eventualmente o governo também libera o acesso ao Fundo de Garantia, como no caso das enchentes do Rio Grande do Sul, no ano passado.
E, como lucra com dinheiro que pertence ao trabalhador, o governo divide parte desse valor.
Este ano, 12 bilhões, 929 milhões do lucro auferido em 2024, ou seja, 95% do total, serão repartidos, de forma proporcional, com os cotistas que tinham saldo nas contas em 31 de dezembro do ano passado.
Esse total será dividido entre 235 milhões de contas do Fundo – lembrando que cada trabalhador pode ter mais que uma conta de FGTS, por isso, não dá para falar que são 235 milhões de pessoas.
Detalhes dos valores e cronograma de depósito ainda devem ser divulgados.