O mercado de trigo nas regiões Sul do Brasil mantém-se em ritmo moderado, com negócios pontuais e atenção redobrada para o consumo previsto em julho. No Rio Grande do Sul, a safra velha apresenta sinais de retomada, com preços variando de R$ 1.300 para trigo de qualidade média até R$ 1.330 para lotes superiores no extremo norte do estado. No entanto, o plantio da safra nova está limitado, atingindo cerca de 40% da área prevista devido às chuvas constantes.
Exportações recuam e moinhos mantêm postura cautelosa
As exportações diminuíram, refletidas no recuo de 12% no preço do trigo BRL Wheat, que fechou a R$ 1.277 por tonelada. A procura pelos moinhos está baixa, e o mercado disponível opera no ritmo “mão na boca”. Na região de Panambi, a saca de trigo manteve-se estável em R$ 70 no mercado spot.
Situação em Santa Catarina
Em Santa Catarina, os moinhos ajustam suas compras conforme a demanda por farinha. Os preços da safra velha variam entre R$ 1.335 e R$ 1.480 FOB, de acordo com origem e qualidade. A saca permanece estável, cotada a R$ 78 em Canoinhas e Rio do Sul, e R$ 76 em Joaçaba. A safra nova ainda não apresenta referências de preço, enquanto a venda de sementes caiu cerca de 20% frente ao ano passado. A Conab projeta uma queda de 6,3% na produção estadual, apesar do aumento de 2% na área plantada, devido à redução de 8,1% na produtividade.
Paraná aproveita clima ameno para avanço das lavouras
No Paraná, o clima mais ameno contribuiu para o progresso dos trabalhos no campo. A safra velha ainda está presente no mercado: o trigo do norte do estado foi negociado entre R$ 1.540 e R$ 1.550 CIF moinho, enquanto o trigo gaúcho alcançou R$ 1.450 + ICMS. O trigo importado da Argentina, com forte participação, é oferecido por cerca de R$ 1.500 CIF. Apesar da queda de 0,89% nos preços da pedra na semana, a média da saca está em R$ 77,68. O lucro do produtor caiu de 7,03% para 5,64%, porém permanece acima do custo médio de produção de R$ 73,53 por saca, conforme dados do Deral.
Clima desfavorável eleva alerta dos produtores
Chuvas intensas, especialmente no Rio Grande do Sul, e geadas em áreas do Centro-Sul do país têm deixado os produtores de trigo em alerta. Segundo o Cepea, o clima frio favorece o desenvolvimento das lavouras, mas as chuvas fortes prejudicaram os trabalhos de campo, provocando danos e a necessidade de replantio em algumas regiões.
Progresso da semeadura e início da colheita
De acordo com dados da Conab até 21 de junho, 56,6% da área estimada para o trigo no Brasil já havia sido semeada. A Companhia também sinalizou o início da semeadura em Santa Catarina e o começo da colheita da safra 2025 em Goiás, demonstrando o avanço das atividades agrícolas apesar dos desafios climáticos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio