Cotação do café segue pressionada apesar da nova taxação dos EUA
Na manhã desta quinta-feira (10), os preços do café operavam de forma divergente nas bolsas internacionais. Apesar do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% ao produto brasileiro, o mercado ainda não reagiu diretamente à medida. Por ora, os fundamentos da oferta e demanda seguem ditando o ritmo das negociações.
Expectativa de safra maior pressiona cotações
O principal fator de pressão sobre os preços é a expectativa de uma maior oferta global no segundo semestre, impulsionada pela entrada da nova safra brasileira de 2025/2026. Essa perspectiva tem levado fundos e especuladores a adotarem posições de venda, derrubando os contratos futuros de forma significativa.
Avanço da colheita confirma previsões dos produtores
De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, a colheita da safra brasileira avança em bom ritmo. Os primeiros dados confirmam as previsões dos agrônomos: uma produção maior de conilon (robusta) em relação a 2024, e uma safra menor de café arábica.
Cenário de aperto para o arábica em 2026
No caso do arábica, o beneficiamento da safra atual já aponta para uma quebra superior à média, e os estoques de passagem praticamente zerados reforçam um possível cenário de aperto no abastecimento a partir dos primeiros meses de 2026.
Desempenho nas bolsas internacionais nesta manhã
Por volta das 9h20 (horário de Brasília), os contratos de café arábica apresentavam o seguinte comportamento:
- Julho/25: queda de 155 pontos, a 285,85 cents/lbp
- Setembro/25: alta de 95 pontos, a 285,00 cents/lbp
- Dezembro/25: valorização de 10 pontos, a 279,15 cents/lbp
Já o café robusta operava em forte baixa:
- Julho/25: recuo de US$ 122, cotado a US$ 3.650/tonelada
- Setembro/25: queda de US$ 119, a US$ 3.351/tonelada
- Novembro/25: perda de US$ 111, negociado a US$ 3.299/tonelada
Enquanto o mercado internacional ainda digere os impactos potenciais da nova tarifa norte-americana sobre o café brasileiro, a entrada da safra e as perspectivas de oferta seguem dominando o cenário, influenciando fortemente as cotações e o comportamento dos investidores.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio