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Mercado do Trigo Continua Pressionado; Vendedores Devem Aguardar e Compradores Agir Rápido

O mercado brasileiro de trigo segue sob forte pressão, influenciado principalmente pela vantagem competitiva dos moinhos localizados no litoral. Esses moinhos recebem grãos de alta qualidade a preços semelhantes aos praticados no interior do país, além de estarem mais próximos dos grandes centros consumidores, o que reforça sua competitividade.

Colheita antecipada no Centro-Oeste reforça tendência de queda

Outro fator que contribui para a pressão baixista é a colheita antecipada realizada na região Centro-Oeste, que aumenta a oferta no mercado interno.

Possível mudança de cenário em 2026 com riscos na qualidade da safra sulista

A partir de fevereiro de 2026, o quadro pode se modificar caso se confirmem danos na qualidade da safra nos estados do Sul do Brasil, o que poderia impactar os preços e a oferta.

Recomendações da TF Agroeconômica para produtores e compradores

De acordo com a análise da TF Agroeconômica, quem precisa vender os grãos deve manter a cautela e aguardar melhores condições. Já os compradores devem agir rapidamente para aproveitar as oportunidades atuais.

Fatores que podem pressionar preços para cima

Entre os motivos para alta estão a recente desvalorização do dólar frente ao euro, que favorece as exportações americanas; o acordo comercial firmado entre os EUA e a Indonésia; o atraso na colheita na região do Mar Negro; e a leve alta nos preços observada no Brasil (0,28% no Rio Grande do Sul e 0,26% no Paraná). No entanto, esses movimentos positivos são limitados pela concorrência com o trigo argentino, que apresenta preços internacionais inferiores.

Pressões baixistas vindas do mercado internacional e clima

Na contramão, a colheita acelerada na França tem aumentado os estoques globais, pressionando ainda mais os preços mundiais. A FranceAgriMer projeta estoques finais 66% maiores do que no ano anterior — o maior nível em 21 anos — e exportações modestas para fora da União Europeia. No Brasil, a preocupação recai sobre possíveis geadas severas em agosto. Embora não necessariamente causem quebras na safra, as geadas podem prejudicar a qualidade do trigo, cenário que nas últimas temporadas permitiu a alguns moinhos impor redução nos preços, reduzindo margens e retraindo a demanda.

Mercado permanece cauteloso e atento às condições climáticas

Diante dessas variáveis, o mercado mantém postura de cautela, acompanhando de perto o clima e seus impactos na qualidade da produção nacional.

Risco de aumento nas importações pode ampliar desequilíbrio entre oferta e demanda

Outro ponto de atenção é que a expectativa de maior necessidade de importações ainda não está totalmente refletida nas estimativas da Conab, o que pode agravar o descompasso entre oferta e demanda interna nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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