Frigoríficos mantêm cautela e pressionam preços
Na última semana, os preços da carne suína apresentaram queda tanto no mercado de animais vivos quanto nos principais cortes vendidos no atacado. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos adotaram uma postura reticente na compra de animais vivos, devido à dificuldade em repassar os custos para os preços no atacado.
Demanda interna não sustenta valores
Mesmo com uma demanda mais aquecida típica da primeira quinzena do mês, as cotações não encontraram sustentação. “Os cortes de frango seguem com preços bastante atrativos em comparação aos cortes suínos e bovinos, o que influencia a escolha de consumo das famílias”, explicou Maia.
Fatores positivos ainda presentes no setor
Apesar da pressão sobre os preços, Maia destaca dois pontos favoráveis à suinocultura no momento: o bom ritmo das exportações e a queda nos custos de nutrição animal. Os preços do milho e do farelo, principais componentes da ração, apresentaram recuos nas últimas semanas, o que alivia parte dos custos do setor.
Queda generalizada nos preços da carne suína
Segundo levantamento da Safras & Mercado, os preços médios do quilo do suíno vivo no país caíram de R$ 7,78 para R$ 7,68 na última semana. No atacado, o pernil caiu de R$ 13,91 para R$ 13,80 e a carcaça passou de R$ 12,66 para R$ 12,51.
Veja a variação regional dos preços:
- São Paulo: arroba suína recuou de R$ 164,00 para R$ 160,00.
- Rio Grande do Sul: quilo vivo na integração permaneceu em R$ 6,60; no interior, caiu de R$ 8,20 para R$ 8,10.
- Santa Catarina: na integração, estabilidade em R$ 6,60; no interior, queda de R$ 8,10 para R$ 8,00.
- Paraná: mercado livre teve recuo de R$ 8,20 para R$ 8,10; na integração, estabilidade em R$ 6,65.
- Mato Grosso do Sul: em Campo Grande, cotação caiu de R$ 7,80 para R$ 7,75; na integração, manteve-se em R$ 6,60.
- Goiânia: preços recuaram de R$ 8,30 para R$ 8,10.
- Minas Gerais: interior teve queda de R$ 8,50 para R$ 8,20; mercado independente caiu de R$ 8,70 para R$ 8,40.
- Mato Grosso: em Rondonópolis, baixa de R$ 7,85 para R$ 7,80; integração estável em R$ 7,05.
Exportações seguem aquecidas, mas com volume menor
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, o Brasil exportou 14,229 mil toneladas de carne suína “in natura” nos primeiros quatro dias úteis de julho, com uma média diária de 3,557 mil toneladas e receita média diária de US$ 9,138 milhões, totalizando US$ 36,555 milhões no período. O preço médio por tonelada exportada foi de US$ 2.569,00.
Na comparação com o mesmo período de julho de 2024, houve:
- Queda de 26,8% na média diária de receita;
- Redução de 31,4% no volume exportado por dia;
- Aumento de 6,6% no preço médio por tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio