Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, bloqueou as contas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Essa informação foi divulgada pelo próprio parlamentar, que se viu impossibilitado de realizar duas transações via Pix na última segunda-feira (21/7). A reação do deputado foi imediata, caracterizando o bloqueio como “um passo natural de ditadura” e uma “tentativa de asfixia financeira como forma de chantagem”.
Essa situação levanta questões importantes sobre o limite da ação do STF em um cenário político já tenso. Apesar de enfrentar essa nova decisão judicial, Eduardo Bolsonaro reafirma sua determinação em prosseguir com esforços para que o governo Trump implemente sanções adicionais contra membros do Supremo, incluindo o próprio Moraes. “Estou preparado para seguir adiante mesmo sob condições difíceis”, afirmou o deputado, demonstrando um espírito de resistência que pode ecoar entre seus apoiadores.
Ademais, a proibição imposta por Moraes para que Eduardo não se comunique com seu pai, Jair Bolsonaro, adiciona outro nível de complexidade ao caso. Essa medida é parte de investigações mais amplas que buscam esclarecer supostas coações durante o processo, tendo como pano de fundo as articulações entre Eduardo e entidades norte-americanas.
As implicações são claras: o ex-presidente Jair Bolsonaro é visto como o “financiador” de seu filho, dado que já admitiu realizar transferências financeiras via Pix para apoiar Eduardo em solo norte-americano. Esta relação financeira complica ainda mais o quadro e levanta a questão sobre até onde vai a autoridade do STF.
Na busca por um equilíbrio entre a manutenção da ordem e a proteção das liberdades individuais, quais são os limites que devemos considerar? A judicialização da política está tornando-se uma ferramenta perigosa, onde a antecipação de ditaduras pode se manifestar não apenas na retórica, mas também em ações concretas que afetam a dinâmica do exercício da política no Brasil. O que está em jogo é o entendimento dos próprios limites da justiça frente a um delicado equilíbrio de poderes na sociedade. A pergunta permanece: até onde chegará essa perseguição?