O mercado brasileiro de trigo segue em alerta, mesmo diante da estabilidade nos preços. Segundo estimativas da CEEMA (Central de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o Brasil deverá colher cerca de 6,9 milhões de toneladas de trigo em 2025, volume 10,5% menor do que as projeções anteriores.
Se confirmado, esse será o pior resultado desde 2020, quando a produção nacional somou 6,2 milhões de toneladas.
Geadas e menor área semeada explicam queda na produção
A retração da safra é explicada, principalmente, pela redução da área plantada e pelos impactos climáticos, como as geadas registradas no Paraná — principal estado produtor do cereal no país.
Atualmente:
- O Paraná já concluiu o plantio;
- O Rio Grande do Sul está com 70% a 80% da área semeada.
Preços permanecem firmes no mercado interno
Apesar das incertezas sobre a produção, os preços do trigo seguem estáveis no mercado brasileiro:
- R$ 70,00 por saca no Rio Grande do Sul;
- R$ 78,00 por saca no Paraná.
A firmeza nas cotações é sustentada pelo avanço nas importações, que vêm ganhando força diante da quebra da safra nacional.
Importações crescem e devem seguir em alta
Em junho, o Brasil importou 487.040 toneladas de trigo, sendo:
- 94,1% oriundas da Argentina;
- 5,9% do Paraguai.
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o país já comprou 3,58 milhões de toneladas do cereal do exterior, o que representa um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2024.
Mercado interno seguirá dependente do trigo estrangeiro
A CEEMA alerta que, diante da quebra da safra nacional e da competitividade dos preços internacionais, o Brasil deverá manter sua forte dependência do trigo importado para atender à demanda interna.
Esse cenário reforça a necessidade de monitoramento constante do mercado externo e das condições climáticas nas principais regiões produtoras do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio