Compromisso das empresas
Planalto Ovos, Grupo Mantiqueira e Korin já declararam que irão implementar a tecnologia de sexagem in‑ovo tão logo ela esteja disponível comercialmente no país. O método identifica o sexo do embrião ainda dentro do ovo, evitando o abate de pintinhos machos — prática histórica que a cadeia produtiva quer deixar para trás.
Aceitação do consumidor
A primeira pesquisa nacional sobre o tema, com 1.553 entrevistados, mostrou forte respaldo popular:
- 73 % sentem desconforto com o descarte de machos;
- 79 % querem comprar ovos produzidos via sexagem in‑ovo;
- 76 % pagariam mais pelo produto, aceitando em média R$ 3,87 extras por dúzia.
Impacto atual e pressão regulatória
Só no Brasil, cerca de 100 milhões de pintinhos machos são descartados todos os anos por não gerarem ovos nem terem aptidão para corte. O tema já chegou ao Legislativo: o PL 256/2021 em tramitação na Assembleia paulista propõe proibir o descarte de pintinhos recém‑eclodidos.
Como funciona a tecnologia
Já adotada em países europeus e nos EUA, a sexagem in‑ovo detecta o sexo do embrião antes da eclosão. Estudos da Universidade da Califórnia, Davis, em parceria com a Sensit Ventures Inc., destacam uma técnica que:
- Não é invasiva, pois dispensa a abertura do ovo;
- Alcança 80 % de acerto após dois minutos de amostragem em ovos com oito dias de incubação;
- Usa ventosas para coletar compostos voláteis, analisados por cromatografia gasosa e espectrometria de massas.
Potencial de mercado
Para Robert Yaman, CEO da Innovate Animal Ag (think tank que conduziu a pesquisa), o entusiasmo dos consumidores “abre uma oportunidade real de negócio para produtores que queiram oferecer ovos mais éticos a preços acessíveis, fortalecendo a confiança do público”.
Próximos passos
A Innovate Animal Ag se dispõe a intermediar entrevistas com empresas e produtores envolvidos e disponibiliza o relatório completo da pesquisa para veiculação exclusiva. Na avaliação da Iniciativa MIRA, a adoção da sexagem in‑ovo atende à demanda crescente por bem‑estar animal e posiciona o setor brasileiro na vanguarda da produção ética de alimentos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio