No Rio Grande do Sul, a comercialização da soja tem enfrentado desafios importantes, conforme dados da TF Agroeconômica. A precificação para julho apresentou preços ao redor de R$ 137,00 para entregas entre 15 e 30 de julho, enquanto agosto mostra valores mais atrativos, chegando a R$ 140,00 com pagamento em 29 de agosto. No interior, os preços de fábricas variam conforme a praça: R$ 130,00 em Cruz Alta, Passo Fundo, Ijuí, Santa Rosa e São Luiz, todos com pagamentos programados para meados de agosto. Em Panambi, o preço da soja ao produtor caiu para R$ 119,00 a saca.
Em Santa Catarina, a preocupação está na armazenagem e comercialização, sobretudo por conta do vazio sanitário da soja, coordenado pela Cidasc, que impõe restrições ao plantio e exige alinhamento na produção e armazenagem. No porto de São Francisco, a soja é cotada a R$ 135,04, com ligeira alta de 0,36%.
O Paraná segue monitorando atentamente o mercado e as condições de armazenagem. Em Paranaguá, o preço da soja atingiu R$ 135,57, alta de 0,60%. Já em Cascavel, houve queda de 0,60%, com preços a R$ 119,62. Outras praças como Maringá (R$ 121,23), Ponta Grossa (R$ 123,55 FOB; R$ 118,00 balcão) e Pato Branco (R$ 134,56) refletem variações pontuais.
No Mato Grosso do Sul, a prioridade dos produtores está na logística e armazenagem, especialmente após a safra de soja e durante a colheita da segunda safra de milho, o que impacta o ritmo de negociações. Em Dourados e Campo Grande, a soja spot é cotada a R$ 119,92, enquanto em Chapadão do Sul o valor é menor, R$ 108,69. Em outras regiões, como Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, os preços variam entre R$ 110,34 e R$ 113,90.
Oscilações tímidas na Bolsa de Chicago com apoio do óleo de soja
O mercado da soja na Bolsa de Chicago segue lateralizado, testando leves ganhos. Na quarta-feira (2), os contratos para julho e novembro estavam cotados respectivamente a US$ 10,27 e US$ 10,31 por bushel, com variações positivas entre 2,50 e 5,50 pontos.
Faltam novidades significativas para movimentar os preços de forma mais expressiva, já que a safra americana se desenvolve em condições climáticas favoráveis e a demanda permanece lenta, sobretudo pela ausência de compras chinesas. Os derivados, porém, trazem algum suporte: o óleo de soja subiu mais de 1,3%, enquanto o farelo recuou 0,52%, refletindo menor demanda.
Fechamento estável com influência do pacote fiscal para biocombustíveis nos EUA
Na terça-feira anterior, a soja fechou praticamente estável na Bolsa de Chicago, impulsionada pela valorização do óleo de soja após aprovação no Senado dos EUA de um pacote fiscal que beneficia biocombustíveis de baixo carbono, como o biodiesel. O contrato de julho teve alta de 0,05%, fechando a US$ 10,2475 por bushel, e agosto manteve-se estável em US$ 10,2975.
O contrato de óleo de soja para julho subiu 2,38%, influenciado pelo projeto que estende créditos fiscais até 2029. Isso impulsionou também o contrato de óleo para agosto, que fechou em US$ 1.182,98 por tonelada, alta de US$ 22,27.
Mesmo com essa valorização, os preços da soja enfrentam pressão devido ao bom andamento da safra norte-americana, clima favorável e maiores estoques confirmados no relatório trimestral do USDA. O farelo de soja, por sua vez, continua em queda, com forte pressão dos estoques elevados e demanda insuficiente, fechando o contrato de julho em US$ 269,20 por tonelada curta, queda de 0,77%.
O mercado da soja enfrenta desafios regionais relacionados à comercialização e armazenagem, com preços variando conforme as regiões e a logística local. Na esfera internacional, a Bolsa de Chicago mostra oscilações moderadas, influenciadas pelo avanço de medidas fiscais nos EUA e pelas condições favoráveis da safra americana, enquanto a demanda, especialmente da China, permanece com comportamento cauteloso. Os derivados do grão oferecem suporte aos preços, mas a pressão dos estoques elevados limita maiores ganhos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio