O mercado internacional da soja inicia o segundo semestre de 2025 com perspectivas mais equilibradas entre oferta e demanda. Segundo análise da consultoria Itaú BBA, com base em revisão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o estoque final global da oleaginosa foi elevado de 125 para 126 milhões de toneladas.
Produção dos EUA recua; Brasil mantém liderança
A safra norte-americana foi ligeiramente revisada para baixo, com produção estimada em 118 milhões de toneladas.
Enquanto isso, o Brasil segue como maior produtor mundial, com uma estimativa mantida em 175 milhões de toneladas para a temporada 2025/26, mesmo patamar do mês anterior.
Consumo interno brasileiro segue em alta
O consumo doméstico de soja no Brasil continua crescendo, refletindo o aumento da demanda por farelo e óleo. A previsão é de um consumo total de 62,3 milhões de toneladas.
O esmagamento interno — processo que transforma a soja em derivados — permanece elevado, projetado em 58 milhões de toneladas.
Exportações brasileiras continuam fortes
O Brasil deve exportar 112 milhões de toneladas de soja, mantendo-se como o principal fornecedor global da commodity.
Na China, maior mercado consumidor do mundo, as importações seguem estáveis em 112 milhões de toneladas, sinalizando demanda firme e sustentada no mercado asiático.
Preços sustentados pelo consumo global
Apesar da redução na produção dos EUA, o crescimento do consumo mundial vem amparando os preços em níveis considerados razoáveis.
A eficiência logística e a resiliência da safra brasileira continuam sendo diferenciais importantes para a competitividade do grão nacional no mercado internacional.
Relação estoque/consumo segue sob observação
A relação global entre estoques e consumo deve apresentar leve recuo, o que mantém o mercado atento a eventuais variações climáticas ou problemas logísticos.
No Brasil, o estoque final foi ajustado para cima, passando de 34,3 para 37 milhões de toneladas, contribuindo para um cenário de maior estabilidade no setor.
Mesmo com ajustes na produção norte-americana, o equilíbrio entre oferta e demanda global, aliado à forte presença brasileira no mercado internacional, desenha um cenário positivo e estável para o setor da soja nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio