O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou nesta terça-feira (1º) o Plano Safra 2025/2026, que destina R$ 516,2 bilhões para custeio, comercialização e investimentos voltados a médios e grandes produtores. O superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, José Cleber Souza, participou da cerimônia em Brasília e avaliou as novidades e desafios do programa.
Incremento de recursos e contexto de juros elevados
O valor destinado ao Plano Safra cresceu em R$ 8 bilhões em comparação ao ciclo anterior, mesmo diante da alta da taxa Selic, que passou de 10,5% para 15% ao ano. Para o superintendente José Cleber Souza, esse aumento reforça o compromisso do governo federal com a produção agropecuária brasileira, apesar do cenário econômico desafiador.
Ampliação da capacidade de armazenagem
Uma das principais novidades é a elevação do limite para financiamento de projetos de armazenagem, que passou de 6 mil para 12 mil toneladas. Segundo Souza, essa medida oferece maior autonomia aos produtores para armazenar sua produção, facilitando a logística, o abastecimento do mercado e a geração de renda.
Mudanças no Pronamp beneficiam mais produtores
O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) teve o limite de renda para enquadramento ampliado de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões anuais, permitindo que mais produtores tenham acesso às condições diferenciadas. O programa contará com R$ 69,1 bilhões para esta safra, R$ 3,9 bilhões a mais que no ciclo anterior.
Instituições financeiras e recursos para o Rio Grande do Sul
O Plano Safra será operado por 25 instituições financeiras, incluindo bancos públicos como Banco do Brasil, Caixa e BNDES. Para o Rio Grande do Sul, está prevista a destinação de aproximadamente R$ 12 bilhões (US$ 1,5 bilhão) para recuperação de áreas degradadas, com foco na recuperação da capacidade dos solos no Estado.
Grupo de trabalho para endividamento rural no RS
O Mapa publicou a portaria nº 812, que cria um grupo de trabalho interinstitucional para analisar e propor soluções para o endividamento dos produtores rurais gaúchos, especialmente devido aos impactos climáticos recentes. O GT terá a missão de identificar recursos para renegociação de dívidas e apresentar estratégias de adaptação às mudanças do clima.
Reconhecimento da qualidade e sustentabilidade da agropecuária gaúcha
O superintendente José Cleber Souza ressaltou os recordes sucessivos de safra e a forte presença do Brasil no comércio internacional de alimentos. Ele destacou a confiabilidade do sistema de defesa sanitária, citando a recente eliminação de foco de gripe aviária no RS, e a redução do desmatamento como fatores que elevam a reputação do país como produtor de alimentos seguros e ambientalmente responsáveis.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio