Vacinas seguem eficazes contra circovirose suína mesmo após mutações do vírus, apontam especialistas

0
32
Circovirose continua no radar da suinocultura brasileira

Endêmica no País e de alto impacto econômico, a circovirose suína – provocada principalmente pelo Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2) – exige biossegurança rigorosa e vacinação periódica para ser mantida sob controle.

Avanço da vacinação mudou o cenário da doença

Identificada no Brasil em 1999, a enfermidade causava quadros graves e elevadas mortalidades antes da chegada das primeiras vacinas, na metade dos anos 2000. A imunização reduziu drasticamente casos clínicos e perdas em todo o mundo.

Quando surgem falhas, o problema raramente é a vacina

Segundo Amanda Daniel, médica‑veterinária da MSD Saúde Animal, episódios atuais costumam ser mais brandos e, na maior parte das vezes, resultam de falhas de manejo ou conservação inadequada do imunizante – não de perda de eficácia das vacinas.

Vírus evoluiu, mas proteção permanece

Com os avanços da biologia molecular, já foram identificados oito genótipos de PCV2; os mais comuns nos plantéis são PCV2a, PCV2b e PCV2d. Embora a diversidade genética tenha levantado dúvidas, ensaios de campo mostram que as vacinas disponíveis oferecem proteção cruzada porque todos os genótipos pertencem a um único sorotipo viral, com propriedades antigênicas semelhantes.

Portfólio de imunizantes continua atualizado

A MSD Saúde Animal mantém quatro vacinas inativadas em linha – PORCILIS® PCV, PORCILIS® PCV ID, PORCILIS® PCV M HYO e CIRCUMVENT® PCV M. As duas últimas combinam antígenos contra PCV2 e Mycoplasma hyopneumoniae, garantindo proteção dupla em uma só aplicação. A empresa conduz monitoramento de farmacovigilância para assegurar que os produtos acompanhem a evolução do vírus.

Infecção pode persistir, mas sem grandes prejuízos

Como nenhum imunizante é esterilizante, a presença de diferentes genótipos em rebanhos vacinados não é incomum. A vacinação, no entanto, minimiza sinais clínicos e mantém o vírus sob controle, reduzindo perdas produtivas.

Boas práticas completam a estratégia de defesa

Amanda Daniel reforça que saúde e rentabilidade dependem de vigilância constante, protocolos de vacinação bem executados e estratégias de manejo adequadas. “Monitorar o rebanho e aplicar corretamente as vacinas é fundamental para manter a circovirose sob controle”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio