Vazio sanitário ganha destaque com nova portaria do MAPA
O vazio sanitário da soja, importante ferramenta no controle da ferrugem asiática — uma das doenças mais severas da cultura — passa a ter ainda mais relevância após a publicação da Portaria nº 1.271 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A medida estabelece oficialmente os períodos de vazio e o calendário de semeadura em nível nacional para a safra 2025/2026.
Janela sem plantio é parte de estratégia mais ampla
“O vazio sanitário não é apenas uma janela sem plantio. Ele é parte fundamental de uma estratégia ampla que protege toda a cadeia produtiva da soja, garantindo um ponto de partida mais seguro e sustentável para a próxima safra”, afirma Roberto Rodrigues, gerente de marketing da Ourofino Agrociência.
O objetivo principal da medida é reduzir a presença do fungo Phakopsora pachyrhizi no ambiente, causador da ferrugem asiática. A doença pode causar perdas de até 90% da produtividade e se manifesta em qualquer fase da planta, exigindo controle técnico rigoroso. O vazio sanitário é o primeiro passo nesse processo.
Regulamentação nacional e combate à resistência
Atualmente, o vazio sanitário é regulamentado em 22 estados e no Distrito Federal, com um período mínimo de 90 dias sem plantas vivas de soja nas lavouras. As datas variam de acordo com o clima e as características fitossanitárias de cada região.
A medida integra o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), que também estabelece o calendário de semeadura como ação complementar. O objetivo é reduzir a pressão de uso de fungicidas e minimizar o risco de resistência fúngica.
“Essa abordagem integrada entre vazio sanitário, calendário de plantio e uso consciente de defensivos é o que sustenta a produtividade da cultura no longo prazo. É uma responsabilidade compartilhada entre produtores, indústrias, pesquisadores e o poder público”, destaca Rodrigues.
Brasil mantém liderança global na produção de soja
Dados da Conab apontam que o Brasil permanece como maior produtor mundial de soja, com mais de 45 milhões de hectares plantados na última safra. A cultura gera milhares de empregos e é um dos pilares do agronegócio nacional, com destaque para estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul.
Manejo técnico e inteligente após o vazio sanitário
Encerrado o período de vazio, especialistas recomendam a retomada do cultivo com planejamento técnico e uso criterioso de defensivos agrícolas. A aplicação correta de herbicidas, inseticidas e fungicidas é essencial para maximizar a eficiência do controle de pragas e doenças, preservando a saúde da lavoura.
Entre as soluções recomendadas estão:
- Herbicidas: controle de plantas daninhas e tigueras com destaque para o Terrad’or®, à base de tiafenacil, eficaz inclusive em áreas com resistência.
- Inseticidas: proteção contra pragas iniciais, como percevejos e lagartas, com o Vivantha®, que alia alta performance e seletividade.
- Fungicidas: controle preventivo com o Dotte®, novo produto da Ourofino Agrociência, voltado ao combate à ferrugem e manchas foliares, promovendo sanidade e longevidade da lavoura.
Prevenção é a base de uma safra saudável
O vazio sanitário, somado ao uso estratégico de defensivos e ao cumprimento do calendário de plantio, consolida-se como fundamento técnico para o sucesso das lavouras brasileiras de soja. Com regulamentação nacional, a prática contribui para proteger o potencial produtivo da cultura e garantir segurança ao produtor nas próximas safras.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio