Agropalma mira triplicar produção de mudas clonais até 2032 com foco em sustentabilidade e inovação

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A Agropalma, referência brasileira na produção sustentável de óleo de palma, anunciou durante o 35º Congresso Técnico de Genética e Melhoramento Florestal (CTGMF), realizado em Belém (PA) entre 30 de julho e 1º de agosto, a meta de produzir 2 milhões de mudas clonais por ano até 2032, triplicando sua capacidade atual. O evento, promovido pela Sociedade de Investigações Florestais (SIF), reuniu especialistas nacionais e internacionais para debater avanços na genética e clonagem de plantas.

Investimentos e infraestrutura para inovação genética

A companhia já investiu mais de R$ 18 milhões em seu Laboratório de Biotecnologia e mudas clonais, inaugurado em 2023 na planta industrial em Belém, e projeta que o valor chegue a R$ 25 milhões até 2026. O laboratório permite acelerar a produção e melhorar a qualidade das mudas, com colheita realizada em 20 meses, contra os dois anos de plantas convencionais, e tempo de viveiro reduzido de 12 para 6 a 8 meses.

“Investir na clonagem da palma de óleo é contribuir para que áreas sejam preservadas e os produtores beneficiados social e economicamente”, afirma André Borba, diretor agrícola da Agropalma.

O programa de embriogênese somática da empresa apresenta uma taxa de sucesso superior a 65%, muito acima da média de mercado, garantindo confiabilidade genética e maior produtividade.

Sustentabilidade e ganhos econômicos

As mudas clonais oferecem vantagens como tolerância à seca, resistência a doenças, longevidade e eficiência nutricional, permitindo reduzir custos de fertilização em até 10% e diminuir a emissão de CO₂. A maior produtividade das plantas clonadas contribui para reduzir a necessidade de expansão de áreas plantadas, alinhando produtividade e preservação ambiental.

Parcerias científicas e incentivo à pesquisa

A Agropalma desenvolve seus trabalhos de pesquisa em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (MG) e recebe apoio da SIF, que financia projetos de melhoramento por meio da EMBRAPII. Segundo Gleison dos Santos, diretor científico da SIF e professor da UFV, a iniciativa fortalece a cadeia de bioeconomia ligada às florestas nativas e amplia o conhecimento técnico no setor florestal.

Expansão e oportunidades de mercado

A projeção de produção de mudas clonais aumenta gradualmente, de mais de 500 mil em 2025 para 2 milhões em 2032, o que poderá gerar R$ 30 milhões anuais em faturamento adicional. Além da palma, a empresa já pesquisa a clonagem de outras espécies com potencial econômico, como pupunha, coco e açaí, incluindo a implementação de imersão temporária em biorreatores (TIB) para otimizar a produção.

“Diversas empresas do setor já demonstraram interesse em conhecer nosso trabalho, reconhecendo a importância do desenvolvimento da embriogênese somática para a biotecnologia florestal”, destaca Hugo Santos, coordenador do Laboratório de Biotecnologia da Agropalma.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio