Importações de fertilizantes crescem em 2025 e Brasil amplia compras de produtos menos concentrados

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As importações de fertilizantes pelo Brasil registraram forte crescimento em 2025, impulsionadas pela procura por produtos menos concentrados, segundo levantamento da StoneX, empresa global de serviços financeiros. Entre janeiro e julho, as compras de fertilizantes fosfatados — como MAP, SSP, TSP e NP — subiram quase 20%, enquanto os nitrogenados — ureia, SAM e NAM — avançaram 12% em relação ao mesmo período de 2024.

O aumento do volume está relacionado à necessidade de utilizar maiores quantidades por hectare, já que fertilizantes menos concentrados apresentam menor teor de nutrientes por tonelada.

Brasil reforça posição como importador estratégico

Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, o crescimento das importações confirma o papel do Brasil como um dos maiores compradores globais de fertilizantes, sendo um destino estratégico para exportadores internacionais.

No entanto, o perfil das importações brasileiras apresenta mudanças importantes neste ano, com maior diversificação do mix de produtos adquiridos.

Mudança no mix de fosfatados

Entre janeiro e julho de 2025, o país importou 2,1 milhões de toneladas de MAP, volume 7,6% menor que no mesmo período de 2024. Por outro lado, o SSP registrou alta de 19%, enquanto o NP teve crescimento de cerca de 60%.

Pernías explica que o cenário está ligado às condições do mercado internacional: “A oferta global de fosfatados de alta concentração, como MAP e DAP, segue restrita. A China manteve limitações às exportações, e a forte demanda da Índia elevou os preços, resultando em relações de troca desfavoráveis para o Brasil”.

Diante dessa situação, os importadores brasileiros buscaram alternativas mais econômicas, priorizando produtos como o SSP, que ofereceram melhor custo-benefício frente aos fertilizantes de alta concentração.

Nitrogenados menos concentrados ganham espaço

No segmento nitrogenado, as importações de ureia totalizaram 3 milhões de toneladas, cerca de 15% menores que em 2024. Em contrapartida, o sulfato de amônio (SAM), fertilizante de menor concentração de nitrogênio usado para complementar ou substituir a ureia, apresentou alta de quase 70%.

O movimento reflete a estratégia dos importadores brasileiros de equilibrar custos e eficiência, atendendo à demanda do setor agrícola mesmo diante de preços internacionais elevados e oferta limitada de produtos concentrados.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio