Em entrevista nesta terça-feira (19) concedida à emissora TF1, repercutida pela agência Prensa Latina, Macron afirmou que Moscou representa “um poder desestabilizador que potencialmente ameaça muitos de nós”, ao mesmo tempo em que classificou o presidente russo, Vladimir Putin, como “um ogro à nossa porta”.
O chefe de Estado francês comentou os resultados da reunião realizada nesta segunda-feira (18) em Washington, que contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e de líderes europeus. O encontro, sediado na Casa Branca, discutiu caminhos para encerrar a guerra no leste europeu e preparar as condições para uma negociação de paz.Macron destacou que não há evidências de que a França seja alvo imediato de um ataque, mas reforçou a necessidade de vigilância: “Não podemos ser ingênuos, e digo isso com imenso respeito pelo povo russo. Não presumo que a França será atacada amanhã, mas há uma ameaça aos europeus”.
Reunião internacional e próximos passos
A cúpula de Washington definiu que um encontro direto entre Putin e Zelensky deverá ocorrer em um país neutro. Paralelamente, as discussões continuarão no âmbito da chamada Coalizão dos Dispostos, grupo de apoio à Ucrânia liderado por França, Reino Unido e Alemanha.
Para Macron, qualquer acordo futuro só terá validade se vier acompanhado de garantias robustas para Kiev. “Essas garantias incluem um exército ucraniano forte, capaz de resistir a uma nova invasão.
Se a Rússia retornar à guerra após um acordo de paz, haverá uma reação”, alertou o presidente francês.O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, confirmou que as conversas entre os países aliados prosseguem nesta terça-feira, com a questão das garantias de segurança no centro da agenda. Enquanto isso, Moscou segue denunciando medidas adotadas por algumas potências ocidentais que, segundo o Kremlin, poderiam fragilizar o processo de negociação.
Fonte: Brasil247
