Negociações travadas no Rio Grande do Sul
O mercado de trigo permanece com ritmo lento no Sul do país, refletindo a resistência dos vendedores e a cautela dos compradores. No Rio Grande do Sul, os moinhos seguem abastecidos, mas a oferta do cereal é baixa, o que limita as transações. Segundo levantamento da TF Agroeconômica, as indicações de compra giram em torno de R$ 1.250,00 no interior, enquanto os vendedores pedem R$ 1.300,00.
Na região de Lagoa Vermelha, o trigo branqueador chegou a ser ofertado a R$ 1.650,00 FOB. A previsão é de que os estoques da safra passada se esgotem até setembro, ficando sob controle dos moinhos. Cerca de 90 mil toneladas já foram negociadas da nova safra, mas o atraso da colheita tem limitado os avanços. Para exportação, o preço de dezembro foi fixado em R$ 1.250,00, com possibilidade de entrega de trigo para ração com deságio de 20%. Em Panambi, a cotação na “pedra” permanece em R$ 70,00 a saca.
Santa Catarina enfrenta pressão do trigo gaúcho
Em Santa Catarina, o mercado também apresenta lentidão, sem registros de negócios relevantes da nova safra. Apenas pequenos lotes têm sido negociados, sem impacto significativo nos preços. Em algumas regiões houve queda, como em Canoinhas e Xanxerê, onde a saca está a R$ 75,00. Em Joaçaba, houve leve alta, chegando a R$ 74,50/saca.
A concorrência com o trigo gaúcho tem pressionado as cotações no estado, enquanto o produto importado via Paranaguá continua mais competitivo que o paranaense.
Paraná mantém boa condição das lavouras, mas mercado spot recua
No Paraná, 83% das lavouras estão em condição considerada boa, mas o mercado spot segue travado. Os preços recuaram para R$ 1.400 CIF, enquanto negociações futuras giram em torno de R$ 1.300 CIF. Do lado dos produtores, o pedido é de R$ 1.500 FOB, valor que encontra resistência dos compradores.
O trigo paraguaio foi ofertado no Oeste do estado a US$ 240/t (R$ 1.312,80), enquanto o argentino, para retirada em Antonina em setembro, está cotado a US$ 270/t. Os preços pagos aos produtores caíram 0,57% na semana, reduzindo a margem média de lucro para 3,5%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio