Mercado logístico brasileiro supera 40 milhões de m²; agro e indústria impulsionam crescimento

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O setor de galpões logísticos no Brasil atingiu um marco histórico no segundo trimestre de 2025, ultrapassando 40 milhões de metros quadrados de estoque total, com destaque para a demanda crescente de agronegócio e indústria, além do comércio eletrônico.

Estoque de galpões atinge 41,2 milhões de m²

De acordo com levantamento da Buildings, consultoria especializada em inteligência imobiliária, o estoque total em condomínios logísticos de todas as classes chegou a 41,2 milhões de m², com acréscimo de 970 mil m² em relação ao primeiro trimestre.

Embora o e-commerce continue como motor de expansão, especialistas apontam que o agronegócio e a indústria têm ganhado protagonismo nas negociações, ampliando significativamente a demanda por galpões.

Valorização e movimentação do setor

A Sort Investimentos, que administra mais de R$ 3 bilhões em ativos logísticos, movimentou R$ 96 milhões em negociações de galpões e terrenos no primeiro semestre de 2025, registrando crescimento de 30% em comparação ao mesmo período de 2024. Com taxa de vacância inferior a 3% e valorização de 15% nos ativos neste semestre, a empresa projeta alta de até 20% nos valores até o final do ano.

Agro e indústria ganham força no mercado logístico

Segundo Douglas Curi, sócio da Sort Investimentos, além do avanço de gigantes do e-commerce como Mercado Livre, Shopee e Amazon, setores como agronegócio e indústria têm demandado novos galpões.

“No caso do agronegócio, o aumento das exportações e a necessidade de armazenagem de insumos e equipamentos elevaram a demanda. Já a indústria busca estruturas mais eficientes para distribuição, acompanhando a expansão de parques fabris”, explica Curi.

Regiões estratégicas para investimento

Cidades como Itajaí e Navegantes, no litoral de Santa Catarina, registraram valor médio de R$ 4.800 por m² em galpões logísticos. Já Araquari e Garuva, com média de R$ 3.500 por m², despontam como regiões com maior potencial de valorização para 2025.

“A localização estratégica dessas cidades facilita o escoamento de cargas para São Paulo, o principal mercado consumidor do país, e deve atrair cada vez mais investidores no próximo ano”, destaca Curi.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio