Quase 400 trabalhadores humanitários da Organização das Nações Unidas foram mortos no ano passado.
De acordo com o órgão, ao todo, 383 funcionários que prestavam ajuda humanitária junto das populações civis, morreram em 2024, um aumento de 31% em relação a 2023.
Esse número é considerado alarmante pela organização, que critica a falta de reação da comunidade internacional.
Grande parte das mortes aconteceu em zonas de conflito, como a Faixa de Gaza e o Sudão. Apenas nesses dois territórios, mais de 240 funcionários humanitários perderam a vida.
Segundo a ONU, muitos trabalhadores foram atacados enquanto prestavam ajuda ou até em suas próprias casas, e muitos dos casos teriam envolvimento de agentes estatais.
Além das mortes, em 2024 houve ainda 308 feridos, 125 sequestros e 45 detenções de trabalhadores humanitários.
Neste ano, a violência persiste. Até 14 de agosto, para se ter uma ideia, já foram registradas 265 mortes de agentes humanitários.
A Organização reforça que atacar trabalhadores humanitários é violação do direito internacional e compromete a sobrevivência de milhões de pessoas em áreas de guerra ou desastre.