Revisão pré-safra de colheitadeiras pode evitar prejuízos milionários e garantir qualidade dos grãos

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A falta de manutenção preventiva em colheitadeiras antes da safra pode custar caro ao produtor rural. Especialistas alertam que, em casos de paradas inesperadas no campo, as perdas financeiras podem ultrapassar R$ 500 mil por dia, além de comprometer a qualidade e a valorização dos grãos no mercado.

Importância da revisão antes da colheita

A colheita é considerada uma das etapas mais críticas do ciclo agrícola, pois representa a consolidação de todo o investimento feito ao longo da safra. Nesse contexto, a revisão prévia das colheitadeiras se torna indispensável para garantir eficiência, reduzir falhas mecânicas e maximizar o rendimento.

Segundo Rodrigo Barbosa, gerente de serviços em campo da Fendt, marca alemã de máquinas agrícolas do grupo AGCO, o ideal é que os produtores brasileiros façam a revisão antes de cada safra, especialmente no Centro-Oeste, onde o uso do maquinário é intenso.

Perdas financeiras e operacionais

Barbosa explica que quanto maior a capacidade da colheitadeira, maior é o impacto financeiro em caso de falha. A Fendt IDEAL 7, por exemplo, colhe cerca de 37 toneladas de grãos por hora. Uma interrupção no funcionamento pode gerar perdas de até R$ 550 mil em apenas um dia, sem considerar os custos adicionais do operador e dos caminhões parados aguardando o carregamento.

Além da perda direta, o atraso na colheita prejudica a qualidade do grão, que pode secar além do ideal e sofrer desvalorização no momento da venda.

Tempo é fator decisivo na colheita

O especialista reforça que o período de colheita é limitado e não permite atrasos. “Se perdermos de um a dois dias devido a falhas no equipamento, corremos o risco de comprometer a qualidade e o resultado final, já que o produto perde valor comercial”, afirma Barbosa.

Principais riscos da falta de revisão

Entre os prejuízos mais comuns causados pela ausência de manutenção preventiva estão:

  • Aumento do consumo de combustível: máquinas desreguladas consomem mais energia e elevam os custos por hectare;
  • Desgaste prematuro de peças: reduz a vida útil da colheitadeira e aumenta gastos com reposição;
  • Manutenção corretiva emergencial: reparos de última hora durante a safra são mais caros que revisões programadas;
  • Riscos à segurança: componentes desgastados podem provocar acidentes e danos maiores ao maquinário.
Máquinas novas também exigem revisão

Mesmo equipamentos recém-adquiridos precisam passar por revisão antes da safra. Barbosa destaca que fatores como tipo de cultura e condições do solo podem causar desgastes após o uso, exigindo atenção do produtor ao menos nos itens principais da colheitadeira.

Como se preparar para a revisão

A recomendação é que os produtores agendem a manutenção com dois a três meses de antecedência junto às concessionárias. Algumas marcas, como a Fendt, oferecem benefícios como descontos em peças de colheitadeira e plataformas de corte, além de prazos estendidos de pagamento — que podem chegar a 240 dias ou até 12 meses, dependendo da condição escolhida.

Fendt colheita

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio