O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs-MT) da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apresentou, em Sorriso, os avanços do projeto para a implantação da Vigilância Sindrômica por meio de dados relativos aos sintomas registrados em prontuários médicos.
A iniciativa usa técnicas inovadoras de mineração de dados, um processo que analisa grandes quantidades de informações para encontrar padrões e anomalias, e contribui para decisões mais rápidas e eficientes, fortalecendo a vigilância em saúde da população.
A apresentação ocorreu durante uma reunião, nesta quarta-feira (20.8), com o secretário de Saúde do município, Vanio Jordani, coordenadores de Atenção Primária e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além de servidores do Cievs Sorriso.
Segundo o responsável técnico pelo Cievs do Estado, Menandes Alves de Souza Neto, o encontro teve o objetivo de detalhar o funcionamento do sistema e explicar os benefícios para a gestão da Saúde Pública na região.
“O sistema busca os sintomas como, por exemplo, febre, coriza e tosse, e os classifica como síndrome respiratória, contabilizando os atendimentos diários para esta e outras possíveis doenças. A grande vantagem é a possibilidade de detecção precoce de alterações no perfil epidemiológico e a automação de alertas. Esta antecipação será primordial para a realização de ações de resposta, com possibilidade de redução no número de casos”, afirmou.
A ferramenta pode ser utilizada para o monitoramento de diversas situações em saúde, como o consumo de medicamentos e previsão de necessidade de leitos.
O projeto está em fase de validação e, assim que validado, deverá ser expandido para os demais municípios do Estado. “A ideia é que, quando o sistema identificar uma alteração no perfil epidemiológico, como aumento nos atendimentos por doenças respiratórias, ele encaminhe automaticamente um alerta para os gestores para que eles possam se mobilizar, minimizando impactos nos serviços de saúde. No momento, aproximadamente 30 síndromes podem ser relacionadas aos sintomas”, concluiu.
