O mercado da soja no Brasil mantém baixa liquidez em diferentes estados, com preços oscilando entre leve firmeza e quedas pontuais. Nos Estados Unidos, as cotações em Chicago seguem pressionadas pela ausência da China no mercado, enquanto fatores climáticos limitam perdas mais acentuadas.
Mercado interno registra oscilações regionais
No Rio Grande do Sul, os preços da soja seguem pressionados pela baixa liquidez. Para pagamento em 29 de agosto, o valor no porto foi de R$ 142,00/saca, recuo de 1,79%. No interior, as fábricas ajustaram valores: Cruz Alta em R$ 135,20; Passo Fundo, Ijuí e Santa Rosa em R$ 134,00 (-0,74%); e em Panambi, os preços ao produtor ficaram estáveis em R$ 122,00/saca, segundo dados da TF Agroeconômica.
Em Santa Catarina, o porto tem ganhado protagonismo, reforçando a importância logística do estado, que colheu um recorde de 7,85 milhões de toneladas na safra 2024/25. No porto de São Francisco, a saca foi cotada em R$ 142,84.
No Paraná, os preços mostraram firmeza. Em Paranaguá, a saca fechou em R$ 141,00 (-1,29%). Já no interior, houve altas: Cascavel a R$ 131,00 (+1,72%), Maringá a R$ 135,00 (+3,62%) e Ponta Grossa a R$ 136,00 (+3,50%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 118,00/saca.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul enfrentam desafios logísticos e de armazenagem
No Mato Grosso do Sul, a logística eficiente mantém a competitividade da oleaginosa. O spot em Dourados foi cotado em R$ 125,00 (+0,60%), mesmo valor registrado em Campo Grande. Em Maracaju, a soja caiu para R$ 123,00 (-1,24%), enquanto em Chapadão do Sul subiu para R$ 123,00 (+1,32%) e em Sidrolândia para R$ 127,00 (+1,97%).
Já no Mato Grosso, o déficit de armazenagem segue pressionando o mercado. Em Rondonópolis, os preços avançaram para R$ 126,00 (+3,97%), enquanto em Campo Verde chegaram a R$ 124,50 (+2,65%). Outras praças tiveram variações menores: Nova Mutum a R$ 119,50 (-0,25%), Primavera do Leste a R$ 123,50 (+1,82%) e Sorriso a R$ 120,00 (+0,17%).
Chicago segue travada e espera por compras da China
Na Bolsa de Chicago, os contratos de soja continuam lateralizados, com cotações variando entre US$ 10,50 e US$ 11,00 por bushel, segundo o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Na sessão desta quinta-feira (28), os vencimentos recuaram de 1,75 a 3 pontos, com novembro cotado a US$ 10,46 e março/26 a US$ 10,80 por bushel. A ausência da China no mercado norte-americano segue sendo o principal fator baixista, enquanto o clima seco em parte do cinturão agrícola dos EUA limita quedas mais expressivas.
Além disso, o óleo e o farelo de soja também registraram baixas, pressionados pela possibilidade de retirada de tarifas sobre o óleo de palma da Indonésia e pelas incertezas sobre isenções da EPA a refinarias dos EUA.
Demanda chinesa e cenário global influenciam expectativas
As negociações comerciais entre Pequim e Washington seguem no radar dos investidores. A ausência de grandes compras da China mantém pressão sobre os preços, mas analistas avaliam que, no longo prazo, o país asiático não conseguirá depender exclusivamente do Brasil, mantendo parte das compras nos Estados Unidos.
No Brasil, porém, os preços ao produtor tiveram avanços em algumas regiões, impulsionados pelo interesse chinês em estender aquisições na América do Sul. Em Barreiras (BA), a valorização chegou a 8,21%, enquanto em Luís Eduardo Magalhães (BA) foi de 8,47%. Em Uruçuí (PI), os preços subiram 6,25%, e em Canarana (MT), 5,46% na semana.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio