O mercado da soja segue aquecido tanto no Brasil quanto no exterior. Preços firmes, alta demanda e fatores climáticos nos Estados Unidos têm sustentado o complexo da oleaginosa, enquanto a disputa entre exportadores e consumidores domésticos intensifica as negociações.
Indicadores do Cepea atingem máximas no Brasil
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/Esalq-USP), os preços da soja em grão atingiram as máximas do ano nos indicadores CEPEA/ESALQ – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná.
A valorização do dólar e a maior procura pelo grão deram força às cotações, enquanto a redução nos custos de frete favoreceu negócios no interior do país.
No mercado de derivados, o farelo de soja segue com negociações aquecidas, principalmente para exportação. Empresas domésticas, atentas ao movimento de alta, reforçaram compras para garantir estoques.
Chicago abre semana sem direção, mas com atenção voltada à China
Na Bolsa de Chicago, os preços da soja iniciaram a semana sem tendência definida. Enquanto os contratos de setembro recuaram para US$ 10,36 por bushel, novembro manteve estabilidade em US$ 10,58. O farelo apresentou leve alta e o óleo recuou timidamente.
O mercado segue monitorando a safra norte-americana e, sobretudo, as negociações entre os Estados Unidos e a China. Apesar da forte relação comercial chinesa com o Brasil, Pequim continua sendo um fator-chave para os ajustes de demanda global.
Segundo o Grupo Labhoro, a compra recente de cinco navios de soja brasileira pela China deve levar o USDA a revisar para baixo suas projeções de exportação da safra 2025/26 dos EUA.
Mercado interno mantém ritmo firme e vendas avançam
No Brasil, os prêmios seguem positivos e os preços firmes, refletindo a forte procura. A safra 2024/25 apresenta bom ritmo de vendas, enquanto para a 2025/26 ainda prevalece cautela.
- Rio Grande do Sul: negócios lentos, com preços entre R$ 122,00 e R$ 141,50 por saca.
- Santa Catarina: mercado estável, com soja no porto de São Francisco cotada a R$ 142,84 (+1,31%).
- Paraná: estabilidade, com preços de R$ 118,00 a R$ 144,83 por saca, dependendo da praça.
- Mato Grosso do Sul: valores entre R$ 121,05 e R$ 123,83, com foco na próxima safra.
- Mato Grosso: vendas futuras em bom ritmo, mas com oscilações nos preços entre R$ 121,96 e R$ 122,82.
Soja encerra semana em alta em Chicago
Os contratos de soja fecharam a última semana em alta na Bolsa de Chicago, sustentados por preocupações climáticas nos EUA e incertezas sobre cortes nos mandatos de biocombustíveis.
- Setembro: US$ 1.036,50/bushel (+0,19%).
- Novembro: US$ 1.058,50/bushel (+0,24%).
- Farelo: queda de 0,03%, a US$ 296,70/t curta.
- Óleo: disparada de 2,24%, a US$ 54,84/libra-peso.
As previsões de clima quente e seco geram preocupações, mas o ProFarmer estima produtividade ainda robusta, ainda que abaixo das projeções do USDA. O Conselho Internacional de Grãos projeta safra mundial recorde de 430 milhões de toneladas e estoques em 85 milhões de toneladas, reforçando a expectativa de ampla oferta.
Com isso, a soja acumulou alta semanal de 1,39% em Chicago, o farelo subiu 4,69% e o óleo 3,12%, confirmando desempenho positivo do complexo da oleaginosa.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio