Quatro milhões e 200 mil estudantes brasileiros de educação básica estão com atraso escolar.
Esse número corresponde a 12,5% dos alunos do primeiro do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médico.
É o que diz o Unicef, que analisou dados do Censo Escolar da Educação Básica 2024.
Para a compreensão ficar mais fácil, dá para dizer que ao menos um de cada 10 estudantes tem atraso de dois ou mais anos em relação à série ideal.
Esse atraso geralmente acontece porque o aluno foi reprovado ou porque abandono colégio em algum período.
O atraso escolar, a chamada distorção série-idade, afeta principalmente alunos de anos finais do ensino fundamental.
Análise por gênero e raça mostra também que a situação é mais frequente entre meninos do que entre meninas e atinge quase o dobro de estudantes negros, em comparação aos brancos.
Especialistas alertam que a defasagem aumenta o risco de abandono escolar, o que compromete o futuro dos jovens.
Apesar do percentual ainda significativo, 12,5%, a análise feita pelo Unicef revela que o Brasil tem reduzido o atraso escolar. Em 2023, para comparação, a distorção idade-série afetava 13,4% dos estudantes.