Um novo estudo divulgado pelo Mapbiomas sobre o uso do solo revela que a Amazonia perdeu 52 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2024.
Essa área equivale ao tamanho da França.
Ao todo, quase 19% da floresta original já foi destruída, e os cientistas alertam que estamos nos aproximando do chamado “ponto de não retorno”, que é quando o bioma não conseguirá mais se recuperar sozinho do desmatamentos.
Ainda de acordo com o estudo, a devastação da Amazonia no período analisado foi puxada principalmente por pecuária, agricultura, mineração e silvicultura.
Só as pastagens saltaram de 12 milhões para 56 milhões de hectares no período.
O avanço da agricultura foi ainda maior, passando de 180 mil hectares no início da série histórica, para 7,9 milhões de hectares no ano passado – e a soja domina, ocupando 74% das lavouras.
Além do desmatamento, o estudo aponta que a Amazônia também ficou mais seca. Entre 1985 e 2024, a região perdeu 2 milhões 600 mil hectares de áreas alagadas, como campos inundáveis e manguezais.
Há, no entanto, sinais de regeneração: cerca de 2% da cobertura atual já é de vegetação secundária, ou seja, vegetação que voltou a crescer em áreas que foram desmatadas.