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Em ritmo de crescimento, ICF em Cuiabá sobe 1,3% em setembro

Divulgação

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá vem apresentando crescimento nos últimos meses, registrando, desta vez, alta de 1,3% em setembro em relação ao mês anterior. O índice atual atingiu 106,9 pontos, contra 103,8 em junho – aumento de 2,9% no período. Ainda assim, a pontuação segue 7,5% abaixo da registrada em setembro de 2024, quando chegou a 114,4 pontos.

A confiança no emprego e a possibilidade de adquirir bens duráveis têm contribuído para o crescimento recente, conforme explica o presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior. “O avanço de 1,3% pelo terceiro mês consecutivo reflete a resiliência do consumo das famílias e demonstra que o otimismo em relação à compra de bens duráveis vem fortalecendo a confiança dos cuiabanos, abrindo espaço para uma retomada mais consistente da demanda no médio prazo.”

A pesquisa também apontou crescimento expressivo nos componentes Perspectiva Profissional (+5,0%), Compra a Prazo (+4,4%) e Nível de Consumo Atual (+3,1%). Já os itens Emprego Atual (-1,0%) e Renda Atual (-1,8%) registraram variação negativa no mês.

Sobre as quedas nos componentes, Wenceslau Júnior explicou:

“A queda nos indicadores de renda e emprego atuais, somada à maior dificuldade de acesso ao crédito relatada por parte significativa das famílias, evidencia a existência de restrições ao consumo, em especial pela continuidade da taxa de juros em alto patamar.”

Apesar de a maioria (53,8%) afirmar que se sente mais segura com o emprego em comparação ao mesmo período do ano passado, 42,2% dos entrevistados disseram que, atualmente, está mais difícil ter acesso ao crédito – resultado bem acima dos 32,1% que afirmaram o contrário.

Por outro lado, em relação à perspectiva profissional, 55% acreditam que haverá alguma melhora nos próximos seis meses. Na avaliação da renda atual, 55,7% declararam possuir uma renda familiar melhor quando comparada a setembro do ano passado.

Quanto à perspectiva de consumo para os próximos meses, os resultados apresentam pouca diferença: 44,0% consideram que o consumo deve ser maior do que o do ano passado, enquanto 43,3% acreditam que será inferior ao mesmo período de 2024.

Índice nacional em queda

No Brasil, o cenário foi diferente. O ICF nacional apresentou leve queda, passando de 101,6 pontos em agosto para 101,1 em setembro. O índice também está abaixo do registrado há um ano (103,1).

Entre os subíndices nacionais, apenas Emprego Atual (+0,3%), Compra a Prazo (+0,4%) e Momento para Duráveis (+0,5%) registraram alta. Os demais demonstraram queda, com destaque para Perspectiva Profissional (-1,7%), Nível de Consumo Atual (-0,8%) e Perspectiva de Consumo (-0,7%).

O presidente da Fecomércio-MT concluiu que tal condição “reflete uma cautela dos consumidores diante de um cenário de incertezas. Em Cuiabá há uma percepção de maior segurança no emprego e certo otimismo em relação às perspectivas profissionais, o que tem sustentado a confiança das famílias na capital”.

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