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Estudo de servidores da SES é reconhecido nacionalmente

O farmacêutico Weder Felipp Ochiuto Carvalho e a nutricionista Graciane Catarina Magalhães apresentam trabalho no FAFF 2025 Crédito - Divulgação

O farmacêutico Weder Felipp Ochiuto Carvalho e a nutricionista Graciane Catarina Magalhães, ambos servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), tiveram trabalho científico aprovado no XIII Fórum Brasileiro sobre Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (FAFF 2025), um dos mais importantes congressos do setor no país.

Carvalho é o autor principal do estudo, intitulado “Medicamentos para o Tratamento da Asma Eosinofílica Grave na Perspectiva de um Informe de Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT)”, em coautoria com Graciane. O trabalho iniciou na especialização em Avaliação de Tecnologias em Saúde da Escola de Saúde Pública de MT, vinculada à SES.

“Nosso estudo resultou em quatro moléculas para o tratamento da asma, sendo que uma delas foi incorporada ao SUS [Sistema Único de Saúde] recentemente, uma já tem registro e comercialização no mercado farmacêutico, porém ainda não foi incorporada, e duas estão em fase de finalização de estudos e devem ser registradas em breve”, explicou o farmacêutico.

Conforme Carvalho, a dupla realizou uma varredura em bancos de dados internacionais de pesquisas clínicas e sites de agências reguladoras para encontrar novos medicamentos em desenvolvimento contra a asma eosinofílica grave. Depois, selecionou os mais promissores, em fase final de teste em humanos ou com pedido de registro para comercialização em outros países, e consolidou as informações em um relatório técnico.

“É o Informe de Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT), que ajuda os gestores da saúde na tomada de decisões. Esse documento não diz se o remédio deve ser comprado ou não, mas funciona como um mapa detalhado, mostrando o que está vindo por aí e qual o possível cenário para o tratamento da doença no futuro”, afirmou Carvalho.

O monitoramento avalia as drogas emergentes que estão surgindo no mercado e que podem impactar a saúde pública. “Prevendo o que está vindo no futuro na área farmacêutica, é possível antecipar uma previsão de impacto orçamentário. Ou caso não seja incorporado na Rename [Relação Nacional de Medicamentos Essenciais], o Estado pode fazer um protocolo de âmbito estadual e assim diminuir os custos com judicialização”, complementou.

A pesquisa não só foi aceita para exibição no evento em Belo Horizonte (MG), em setembro, mas também concorreu ao Prêmio JAFF, que reconhece os melhores trabalhos apresentados.

Segundo o farmacêutico, a aprovação do estudo é um reconhecimento importante da produção científica desenvolvida em Mato Grosso e reforça a importância da atuação de farmacêuticos na gestão e na avaliação de novas tecnologias em saúde, contribuindo para a qualificação do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Fico extremamente honrado em ter nosso trabalho selecionado para um fórum tão importante como o FAFF. O Monitoramento do Horizonte Tecnológico é uma ferramenta estratégica que nos permite planejar o uso das novas terapias. Apresentar essa perspectiva, focada no tratamento da asma eosinofílica grave, é uma oportunidade de compartilhar o conhecimento e discutir as melhores estratégias para garantir o acesso e a sustentabilidade do SUS”, disse.

Graciane também comemorou a aprovação. “Experenciar a exposição do nosso primeiro trabalho sobre Monitoramento do Horizonte Tecnológico em um evento da magnitude do FAFF é uma experiência ímpar, relevante e que nos inspira a seguir e alçar voos mais altos em prol de uma Assistência Farmacêutica acessível, equitativa e sustentável no contexto do SUS”, concluiu.

O FAFF reúne anualmente os principais especialistas, gestores, acadêmicos e profissionais da área para debater temas cruciais como inovação, acesso e sustentabilidade na Assistência Farmacêutica.

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