Representantes do governo Donald Trump exigem que a gestão do presidente ultradireitista argentino, Javier Milei, se afaste da China, para receber ajuda econômica dos Estados Unidos. No país sul-americano os vencimentos da dívida com os detentores de títulos em janeiro e julho de 2026 somam US$ 8,5 bilhões.
De acordo com informações publicadas neste domingo (28) pelos jornalistas Maia Jastreblansky e Guillermo Idiart, no La Nacion, interlocutores que participaram das negociações relataram que a ideia é a Argentina neutralizar a influência comercial da China no país e que, eventualmente, cancele o swap (operações financeiras) com o país asiático. Esse intercâmbio de moedas chega a cerca de US$ 18 bilhões.Play Video
Conforme o governo Trump, o swap é uma das vias utilizadas pelo gigante asiático para fazer o yuan crescer como moeda de intercâmbio comercial, em detrimento do dólar. A Casa Rosada, sede da presidência argentina, não disse oficialmente que recebeu alguma determinação dos EUA como moeda de troca para receber ajuda financeira. Mas, após voltar de Nova York, onde ocorreu a Assembleia Geral da ONU, o ministro da Economia, Luis Caputo, reconheceu que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, pediu que o governo reconstruísse pontes políticas.
“Foi a única coisa que ele me disse: ‘Trabalhem na governabilidade, Toto’. Nós temos um conjunto de reformas — tributária, trabalhista [e previdenciária] — que vão ajudar enormemente a destravar a economia. Mas você precisa de maioria simples [no Congresso] para conseguir aprovar essas reformas. É preciso recompor a confiança”, afirmou.
Fonte: Brasil 247
