Indústrias negociam reajuste do café com o varejo e consumidor deve começar a sentir o aumento nas gôndolas

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Consumidor deve pagar mais caro pelo café nas próximas semanas.

E uma das explicações é a alta de quase 40% registrada nos preços internacionais do café entre agosto e setembro.

A valorização no exterior, fez as indústrias pressionarem o varejo nacional e, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café, a Abic, foram negociados, nos últimos dias, reajustes entre 10% a 15% nos preços do café com o varejo.

Os dados mostram que, nos últimos 12 meses, a inflação média do café passa de 50%. Com preços mais elevados, o brasileiro pensa duas vezes antes de comprar e o consumo caiu praticamente 5,5% no segundo quadrimestre de 2025, mesmo sendo inverno, época em que o brasileiro costuma tomar mais café.

Para se ter uma ideia, o preço médio do café tradicional ou extraforte atingiu R$ 62,83 por quilo em agosto, uma alta de mais de 48,5% em 12 meses.

O café solúvel encareceu ainda mais: 50,6%, chegando a R$ 252,36 o quilo.

Apesar de projetar alta nas gondolas nessas próximas semanas, o setor acredita que os preços devem se estabilizar mais para frente, já que há expectativa de uma safra recorde em 2026.

No entanto, é praticamente consenso entre os especialistas que, mesmo com uma boa produção no ano que vem, dificilmente o café voltará a registrar os preços de 2023.