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InfoGripe: casos de SRAG por Covid-19 e influenza A aumentam em Goiás e Distrito Federal

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (25), aponta um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em oito estados brasileiros. O levantamento epidemiológico também indica uma retomada no crescimento das hospitalizações por SRAG associadas à influenza A e à Covid-19 no Distrito Federal e em Goiás.

UFs com alta de casos de SRAG:

De acordo com os pesquisadores, a segunda onda de crescimento da influenza A na região Centro-Oeste é considerada altamente atípica. A análise é referente à Semana epidemiológica 38, de 14 a 20 de setembro.

Covid-19

A pesquisa revela que a Covid-19 segue a impulsionar o aumento dos casos de SRAG no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.   

A região Sul, assim como Mato Grosso do Sul e Bahia, também apresenta sinais de crescimento nas notificações de SRAG relacionadas ao vírus. No entanto, até o momento, não há impacto nas hospitalizações nesses estados.

Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para evitar a alta dos casos

“A gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, aponta Portella.

Crianças e adolescentes são as mais afetadas

O rinovírus tem sido responsável pelo aumento no número de casos de SRAG nos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Espírito Santo, especialmente entre crianças e adolescentes.

No Amazonas, o vírus sincicial respiratório (VSR) tem impulsionado o crescimento dos casos de SRAG em crianças de até 2 anos, embora haja sinais de desaceleração. Já no Espírito Santo, o metapneumovírus tem contribuído para o aumento das ocorrências da síndrome em crianças pequenas.

Por sua vez, no Distrito Federal e em Goiás, a influenza A tem desempenhado um papel significativo no avanço dos casos de SRAG em praticamente todas as faixas etárias a partir dos 2 anos de idade.

Cenário nacional

Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados mais de 180 mil casos de SRAG, sendo 53% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:

VírusPrevalência (%)
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)43,1%
Rinovírus26,9%
Influenza A23,6%
Sars-CoV-2 (Covid-19)7,6%
Influenza B1,1%

Fonte: Fiocruz

As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e VSR.

VírusPrevalência (%)
Rinovírus44,5%
Sars-CoV-2 (Covid-19)17,7%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)15,1%
Influenza A13,6%
Influenza B1,8%

Fonte: Fiocruz

Incidência e mortalidade

O Boletim aponta que, na análise das últimas oito semanas epidemiológicas, a incidência e a mortalidade por SRAG permanecem mais elevadas nas faixas etárias extremas: crianças pequenas concentram os casos, enquanto os idosos apresentam os maiores índices de mortalidade.

Em relação às notificações associadas ao Sars-CoV-2 (Covid-19), a incidência é maior entre crianças pequenas e idosos, com mortalidade predominante a partir dos 65 anos. A influenza A também se destaca como causa relevante de óbitos por SRAG entre idosos. Já os demais vírus com circulação significativa, como o VSR e o rinovírus, afetam principalmente crianças pequenas.

Fonte: Brasil 61

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