InfoGripe: casos de SRAG por Covid-19 entre idosos aumentam em quatro estados

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que quatro Unidades da Federação apresentam alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, especialmente entre os idosos: no DF, GO, MG e ES. Já as regiões Centro-Sul, Nordeste e o estado do Pará registram leve alta de casos nas notificações de SRAG por Covid-19, mas ainda sem causar um aumento nas hospitalizações nesses locais.

Considerando o aumento de casos de Covid-19 nesses estados, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, menciona que a vacinação é crucial para proteger a população contra os casos graves e óbitos da doença.

Portella ressalta, ainda, a importância da atualização do cartão de vacinação. 

“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, aponta.   

UFs com leve alta de casos de SRAG por Covid-19:

  • Centro-Sul: Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul;
  • Nordeste: Bahia, Piauí e Paraíba;
  • Norte: Pará.

A publicação da Fiocruz aponta que nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 17,3% de SARS-CoV-2 (COVID-19). Já 1,7% de Influenza B, 17,7% de vírus sincicial respiratório, 47,3% de Rinovírus.

Em relação à Influenza A, o percentual chegou a 10,2%. Inclusive, as hospitalizações pelo vírus voltaram a aumentar no Distrito Federal e em Goiás. A alta foi registrada entre jovens, adultos e idosos.

A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 37, período de 7 a 13 de setembro.

Rinovírus

O Boletim destaca que, no cenário nacional, os casos de SRAG apresentam tendência de oscilação ou estabilidade na tendência de longo prazo. Segundo o documento, o reflete a desaceleração do avanço dos casos de SRAG associados ao rinovírus no agregado nacional – mesmo que as hospitalizações pelo vírus continuem aumentando em alguns estados.

O informe mostra que oito das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 37. Os estados são: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rondônia.

Conforme os dados, o rinovírus tem contribuído para o aumento dos casos de SRAG nessas regiões principalmente nas crianças e adolescentes de 2 a 14 anos. No entanto, há sinal de interrupção do crescimento no DF.

Inclusive, os dados laboratoriais por faixa etária mostram que o rinovírus tem sido a principal causa de hospitalização por SRAG nas crianças e adolescentes de até 14 anos. 

Além disso, dez UFs também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo, confira: Acre, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pará, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.

Entre as capitais, cinco das 27 apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 37: Brasília (DF), Florianópolis (SC), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA).

Balanço epidemiológico

Em 2025, já foram notificados 176.451 mil casos de SRAG, sendo 53,2% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório

Apenas este ano já foram registrados 10.577 óbitos de SRAG, sendo 52,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os óbitos o, observou-se 52% de influenza A, 1,8% de influenza B, 12% de vírus sincicial respiratório, 13,6% de rinovírus e 21,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Já nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os óbitos positivos foi de 21% de influenza A, 1,2% de influenza B, 8,6% de vírus sincicial respiratório, 28,8% de rinovírus, e 42,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Fonte: Brasil 61