Mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho infantil no Brasil em 2024

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Quatro em cada 100 crianças e adolescentes brasileiros estavam em situação de trabalho infantil em 2024

É o que mostram os dados da PNAD Contínua sobre Trabalho de Crianças e Adolescentes, do IBGE,

De acordo com os dados recém-divulgados, um milhão, 650 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam nessa condição no ano passado.  

Entre eles, 1 milhão, 195 mil realizavam atividades econômicas e 455 mil produziam apenas para próprio consumo. 

Ainda de acordo com os dados do IBGE, mais da metade das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, 54 em cada 100-, realizavam afazeres domésticos ou tarefas de cuidados de pessoas.

Análise por faixa etária mostra uma maior frequência de trabalho infantil entre adolescentes de 16 e 17 anos. No ano passado, 15,3% dos jovens dessa faixa etária estavam nessa situação.

Entre as crianças de 5 a 13 anos, o percentual ficou em 1,6% e chegou a 6,3% entre os adolescentes de 14 e 15 anos.

A análise por raça mostra que dois terços das crianças e adolescentes em trabalho infantil são pretos ou pardos.

Em números brutos, o Nordeste foi a região que registrou a maior quantidade de trabalhadores infantis em 2024: 547 mil pessoas; depois, aparecer o Sudeste, com 475 mil.

Vale destacar que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho, a OIT, o trabalho infantil é aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e para o desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização

No Brasil, o trabalho realizado por crianças menores de 13 anos é proibido por lei.

Com 14 e 15 anos, os adolescentes podem trabalhar apenas como aprendizes.

A partir dos 16, não há impedimentos, desde que o trabalho seja com condições adequadas e direitos trabalhistas garantidos.