O IPCA-15, indicador medido pelo IBGE e considerado prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,48% neste mês de setembro. Ou seja, o custo de vida subiu.
Dos nove grupos de preços apurados pelo IBGE, cinco registraram alta no período da medição: últimos 15 dias de agosto e primeiros 15 dias de setembro.
A principal pressão para a alta veio do grupo Habitação, principalmente em razão do encarecimento da conta de energia elétrica residencial, após o fim do Bônus de Itaipu, que foi aliviou a inflação no mês passado. Além disso, a bandeira vermelha está acionada, o que encarece ainda mais a conta de luz.
Para se ter uma ideia, entre os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, a energia elétrica foi o que mais subiu, registrando alta de 2,17%, após a queda de 4,93% na prévia de agosto.
Os grupos Vestuário, Saúde e cuidados pessoais, Despesas pessoais e Educação também contribuíram para a alta da inflação no período analisado.
Por outro lado, registraram deflação, ou seja, queda nos preços médios, os grupos de Comunicação, Artigos de residência e Transportes, além de Alimentação e bebidas, que tem peso bastante relevante na medição da inflação.
O IPCA-15 aponta para o quarto mês seguido de queda dos preços dos alimentos, com destaque para a alimentação no domicílio, influenciada, principalmente pelas quedas do tomate, da cebola, do arroz e do café moído.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula 5,32%. Pelos dados prévios, a inflação anual se mantém acima do teto a meta do governo, que é de 4,5%.