Alta do custo de vida em setembro afetou de forma mais intensa as famílias de menor renda

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A inflação no mês de setembro acelerou para todas as faixas de renda.

É o que mostra o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

De modo geral, a inflação, medida pelo IBGE, que tinha fechado agosto no campo negativo, com variação de menos 0,11%, acelerou, em setembro, para 0,48%.

A análise por faixa de renda, no entanto, mostra que, as famílias e renda baixa e muito-baixa sentiram mais o peso da inflação.

E isso principalmente por causa da energia elétrica.

Mesmo com a deflação dos alimentos, pesou o reajuste de 10,3% das tarifas de energia elétrica, fazendo com que a taxa de inflação para as famílias com renda domiciliar de até R$ 1.350 passasse de – 0,29% em agosto para 0,59% em setembro.

Já para as famílias de renda mais alta, segundo o Ipea, a pressão inflacionária foi menos intensa, não apenas pelo peso relativamente menor da energia elétrica no orçamento dessas famílias, mas também pela redução de 2,8% nas passagens aéreas, que faz parte da cesta de consumo dos que ganham mais, mas não interfere no orçamento das famílias que ganham menos.

Para as famílias de renda alta, com ganhos superiores a R$ 9.000, pela classificação do Ipea, a aceleração inflacionária foi de 0,35% em setembro.